TL-15/16: Encontro 2016

[tab: Resumo TL-15]
TL-15: RESGATANDO DIÁLOGOS ABORTADOS NAS RELAÇÕES FAMILIARES: VIVÊNCIA EM GRUPO NA GESTALT – TERAPIA
Psi. Evenin Karoline Alves Cruz (GO) – CRP: 09/9775

Resumo: 
O presente trabalho discorre a respeito do resgate do diálogo entre pais e filhos em uma terapia de grupo sob a perspectiva da Gestalt-terapia, especificamente de sua metodologia dialógica. Baseada no entre, na presença, no compromisso com o diálogo, em seu resgate e em sua vivência, este método proporcionou a recuperação da compreensão de uns para com os outros no contexto familiar. No atendimento grupal diálogos foram resgatados e ocorriam em diferentes níveis: intrapessoal e interpessoal. Pela compreensão de seu campo existencial conseguiram se orientar em seu espaço vivencial por meio dos atendimentos grupais, estabelecendo prioridades e reconhecendo comportamentos inadequados nos momentos presentes em terapia. As ações e comportamentos de um dos membros influenciavam e simultaneamente eram influenciados pelos comportamentos de todos os outros (Calil, 1987). Assim o grupo possibilitou criar esperanças, universalizar as dificuldades pessoais de cada um para o grupo todo, abrir informações e permitir a troca de experiências, desenvolvendo técnicas de socialização, promovendo a coesão grupal e o sentido de pertencer ajudando cada paciente a assumir responsabilidades. (Yalom, 1995). Esta perspectiva gestáltica, que é uma forma de psicoterapia centrada na existência, fundamenta-se também nas abordagens humanista, existencial e fenomenológica. O Humanismo posiciona o homem no centro, tendo como objetivo a pessoa humana e seu desenvolvimento, referindo-se também a um conjunto de doutrinas que enfoca: os interesses, as potencialidades e as faculdades do ser humano. Visa o respeito pelas diferenças e o crescimento amoroso das pessoas privilegiando o belo e o positivo do ser humano. (Ginger & Ginger, 1995; Feldman, 2006; Ribeiro, 2006; Pinto, 2009) Possibilitou o desenvolvimento deste trabalho um grupo formado por quatro crianças e seus pais. Os pais apresentavam a queixa de que seus filhos não os ouviam e por este motivo agressões verbais e físicas ocorriam tornando difícil a convivência familiar com repercussão no rendimento escolar das crianças. Os atendimentos com este grupo aconteceram uma vez por semana, com duração de 50 minutos cada, no período de agosto a dezembro de 2011, totalizando 12 sessões e tendo como local o Centro de Estudos, Pesquisa e Práticas Psicológicas – CEPSI. As crianças e os pais tinham uma sessão em grupo, mas cada criança no decorrer da semana era atendida individualmente e a presença de seus pais era solicitada quando necessário. Esse artigo evidenciou a possibilidade de resgate de diálogos até então abortados entre pais e filhos, ocorrendo nos níveis níveis: intrapessoal e interpessoal. A confirmação da vivência de todos, no que se refere a diálogos abortados, assim como o resgate dos mesmos vividos no cotidiano do grupo, inspira-se a acreditar na força do grupo. O grupo mostrou-se como um espaço terapêutico capaz de recuperar interrupções de pensamentos, sentimentos e atitudes, afinal como enfatiza Cardoso, 2009; Farfield, 2004, o grupo é um fenômeno cuja essência reside no seu poder de transformação, no seu poder de escutar, de sentir, de se posicionar, de se arriscar a compreender o processo de significação do viver e do responsabilizar-se.

Palavras-Chaves: diálogo, grupo, gestalt-terapia, relação familiar, resgate do ser.

Autor: 
Evenin Karoline Alves Cruz (GO)

Mini-Currículo: 
Evenin Karoline Alves Cruz (GO): Formada em Psicologia pela PUC/GO, Pós Graduada em Docência do Ensino Superior (FABEC) e Pós Graduanda pelo ITGT. Atua como docente, psicóloga organizacional e clínica.

Categoria: Tema Livre

Público-Alvo: 4º Período em diante

 

[tab: Resumo TL-16]
TL-16: A SEXUALIDADE DE ADOLESCENTES VÍTIMAS DE ABUSO SEXUAL: PROJEÇÕES NO RORSCHACH

Psi. Juliana Teixeira Vasconcelos de Castro (GO) – CRP-09/010278

Resumo: 
O presente artigo realizou um psicodiagnóstico interventivo, sob uma perspectiva fenomenológico-existencial, com três adolescentes do sexo feminino, vítimas de abuso sexual, participantes do Programa Vira Vida (SESI), foram feitas análises individuais completas, contendo a entrevista inicial, que inclui o rapport, os esclarecimentos sobre o processo psicodiagnóstico (enquadre), a anamnese para a compreensão da história de vida do sujeito. As aplicações dos instrumentos: Entrevista Semiestruturada, Teste Rorschach, avaliado pela Escola Francesa, Teste do Desenho da Casa – Árvore – Pessoa e Questionário de Avaliação Tipológica. Desse modo, realizou-se individualmente uma sessão com cada uma das participantes e nesta discorreu-se de forma oral a devolutiva de todo o processo de psicodiagnóstico. Tendo em vista o escopo do presente trabalho, a ênfase da análise dos dados se baseou na prancha VI, cuja temática se refere à sexualidade. Buscou-se analisar a natureza das respostas fornecidas por estas adolescentes, com objetivo de compreender como percebem a própria sexualidade, além de detectar possíveis prejuízos causados pelo abuso sexual sofrido na infância. Observou-se, de forma geral, que os principais danos estão relacionados à presença de sentimentos negativos e mórbidos relacionados à sexualidade, tais como: depreciação, ansiedade, medo e angústia. Além disso, a capacidade de experienciar as relações sexuais de forma plena foi afetada. Orientadora: Ms. Mara Rúbia Venâncio Vieira. Co-Orientadora: Ms. Maria Luiza Moura Oliveira.

Palavras-Chaves: adolescência, sexualidade, abuso sexual, avaliação psicológica, psicodiagnóstico Rorschach.

Autor: 
Juliana Teixeira Vasconcelos de Castro (GO)

Mini-Currículo: 
Juliana Teixeira Vasconcelos de Castro(GO): Bacharel em Psicologia, pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2015). Experiência como estagiária na área de Psicologia Social, atuando na realização de Psicodiagnóstico, com ênfase em técnicas projetivas e Rorschach, com adolescentes em estado de alta vulnerabilidade social, abuso sexual e exploração sexual. Aprovada no Curso de Especialização em Gestalt-terapia, oferecido pelo Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt-terapia de Goiânia, que se inicia em Maio de 2016.

Co-Autor 1: Mara Rúbia Venâncio Vieira (GO) – CRP 09/2635
Mini-Currículo 1: Mara Rúbia Venâncio Vieira (GO): Possui graduação em Psicologia pela Pontíficia Universidade Católica de Goiás (2000) e mestrado pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2003). Atualmente é professora da PUCGO, Universidade Paulista (UNIP) e psicoterapeuta da Clínica Eqpsi. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicodiagnóstico e Psicoterapia, atuando principalmente nos seguintes temas: psicodiagnóstico, fenomenologia, EMDR, Brainspotting, técnicas projetivas e Rorschach.

Categoria: Tema Livre

Público-Alvo: 7º Período em diante