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Resumo
Atos infracionais são uma constante em nossa realidade social. É comum as pessoas, ao procurarem um culpado para essa situação, apontarem o autor do ato infracional como o total responsável. Logo, o adolescente que comete crimes recebe o estigma de infrator, e sua identidade fica limitada a esse rótulo – a dimensão humana é destruída, e ocorre a construção da destrutividade. Esse artigo foi feito com o objetivo de demonstrar como a Gestalt-terapia, com a teoria do contato e a relação dialógica, pode auxiliar o adolescente infrator a ressignificar o estigma e a contatar sua essência, de modo a atingir a ação ética. Para isso, percorre-se um caminho por algumas teorias que se mostram importantes. Discorre-se sobre a sociedade criminogênica, ou seja, pela responsabilidade da sociedade no quadro atual de delinqüência. Considera-se o fenômeno da estigmatização, discorre-se sobre a fenomenologia, o ser-no-mundo, o terapeuta e a ação ética, e teorias referentes a gestaltterapia– contato, awareness e relação dialógica. Para alcançar o objetivo do presente artigo, utilizou-se o caso de atendimento de um grupo de cinco adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto, auto-denominado “os incríveis infratores”. Com o trabalho no grupo, os adolescentes puderam contatar aspectos de sua identidade até então esquecidos e atingir a awareness de algumas questões pessoais, iniciando o processo de ressignificação do estigma.
Palavras-chave: Gestalt-terapia; infratores; estigma; ação ética.
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