Vivência de adolescentes que se autolesionam: um olhar da Gestalt-terapia

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Resumo: A autolesão não suicida em adolescentes é uma prática destrutiva cujos casos estão aumentando no mundo inteiro. No brasil, a escassez de dados sobre o tema corrobora para a desinformação e propagação do comportamento disfuncional. Vista por quem a pratica como uma maneira de aliviar dores emocionais e vazio existencial, a autolesão é caracterizada por cortes na pele, queimaduras, arranhões, etc. Porém, deve-se dar atenção não apenas ao sintoma, mas ao indivíduo como um ser único que é. Desta forma, o objetivo deste estudo foi compreender a vivência da autolesão em adolescentes, considerando o indivíduo em toda sua amplitude. A pesquisa foi realizada por meio de pesquisa fenomenológica, com entrevista aberta. Teve como participantes 3 adolescentes meninas entre 12 e 15 anos, que se autolesionam, residentes em Aparecida de Goiânia. Os resultados obtidos foram analisados por meio do método fenomenológico de Giorgi e são apresentados por meio de cinco categorias, que são: Motivação para a prática da autolesão; Sentimentos relacionados à autolesão; Autolesão como forma de bloqueio de contato: Deflexão, Retroflexão e Introjeção; Relação entre autoconhecimento e a prática da autolesão; Heterossuporte familiar. Após a realização da pesquisa, nota-se que a maior motivação aparece como função de bloquear sentimentos e emoções negativos, que trazem dor, causar um alívio emocional, portanto funcionam como uma válvula de escape. Foram três os bloqueios de contato realizados pelas participantes: deflexão, retroflexão e introjeção, apresentados em diferentes formas e momentos dos relatos. Por fim, percebe-se que o autoconhecimento pode atuar como um fator de proteção para a autolesão.

Palavras-chaves: Autolesão; Adolescência; Gestalt-terapia; Fenomenologia.

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