[dropdown_box expand_text=”Resumo” show_more=”Mostrar” show_less=”Fechar” start=”hide”]
Resumo: A presente pesquisa objetivou compreender as construções que se estabelecem na relação da pessoa que vive em situação de rua com esse contexto e que impactam na escolha pela permanência em tal situação. Foi utilizado o método fenomenológico de investigação (Giorgi, 2010). Participaram da entrevista aberta três pessoas do sexo masculino que têm entre 5 a 15 anos consecutivos de permanência e escolha pela situação de rua. A análise fenomenológica foi descrita a partir de três categorias: 1) Relações Familiares: apresentando a experiência de conceber a rua como lugar social de existência a partir também da interrupção dos vínculos familiares; 2) Acolhimento: esta é composta pelos elementos que se associam a escolha pela permanência em tal situação. Estão presentes o encontro com o outro que vive situações parecidas e o contato consigo mesmo ambos pela via do acolher. E 3) Viver na rua, onde aparece o uso e não uso de drogas, a violência do Estado, a relação com os dispositivos sociais e a dinâmica de subsistência e convivência desses modos de vida. Por meio das articulações teóricas e metodológicas acessou-se uma dimensão do que é construído na vivência pessoa-rua. O olhar encontrou a construção e a potencialidade, ultrapassando as representações limitadas à falta ou da ausência de vida. Considerou-se a escolha e autonomia da pessoa, a partir do sentido construído pelas mesmas. Conclui-se que tal relação necessita ser compreendida a partir da interlocução não linear da clínica com o corpo social.
Palavras-chave: Pessoas em situação de rua; Clínica Ampliada; Gestalt-Terapia.
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