[tab: Resumo TL-09]
TL-9: COMPREENDENDO A VIVÊNCIA ESQUIZOFRÊNICA NA ÓTICA DE BINSWANGER, MINKOWKSI E BOSS
Ac. Laís da Rocha Borges (GO)
Drª Virginia Elizabeth Suassuna Martins Costa (GO) – CRP: 09/39
Resumo:
A esquizofrenia é considerada um dos maiores desafios para os estudiosos da área de saúde mental. As dificuldades vão desde a classificação, descrição dos sintomas, esclarecimento específico desta psicopatologia até as propostas de tratamento que possibilitem uma melhoria da qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares. Além das dificuldades supracitadas é possível citar também a variedade de definições e de olhares sobre esse quadro patológico o que, por sua vez, demonstra a complexidade deste tema em questão. Dentre as perspectivas relativas à esquizofrenia é possível citar as psiquiatrias clássicas e fenomenológicas existenciais, a psicanálise freudiana e a psicologia analítica de Jung. A perspectiva fenomenológica existencial, recorte deste trabalho, se destaca pela sua proposta de tentar compreender a vivência esquizofrênica e pela sua crítica à visão tradicional da esquizofrenia como um mero conjunto de sintomas. Dentre os principais autores que tentaram compreender a experiência esquizofrênica, é possível citar: Binswanger, Minkowski e Boss. Para cumprir tal proposta, Binswanger utilizou-se dos conceitos de ‘extravagância’, ‘excentricidade’ e ‘amaneiramento’. Minkowski, por sua vez, valeu-se do termo ‘contato da realidade’ e Boss dos termos ‘abertura’ e ‘liberdade’. Assim, o presente trabalho tem como objetivo fazer um resgate do vivido esquizofrênico, o qual tem sido negligenciado pela psiquiatria clássica, a partir das perspectivas desses três autores. Para a realização deste trabalho contou-se com a revisão de cunho bibliográfico de livros e artigos que fizessem referência aos pensamentos de Binswanger, Minkowski e Boss sobre a esquizofrenia. Tal revisão bibliográfica baseou-se nas palavras-chaves: Binswanger, Minkowski, Boss, esquizofrenia e psicopatologia fenomenológico-existencial. Após a realização das leituras, foram elaborados fichamentos e, posteriormente, foi feito a análise da construção dos conceitos e de seus processos lógicos. Como resultado, foi possível perceber que Binswanger recorreu a descrições de três formas de existência que são presentes na existência humana e que se encontram fracassadas. Essas formas são: a extravagância, a excentricidade e o amaneiramento. Minkowski, por sua vez, descreveu a forma como se dá o contato com a realidade e que sua ruptura consiste na perturbação essencial a partir da qual os sintomas esquizofrênicos podem ser compreendidos. Por fim, Boss concebeu a esquizofrenia a partir da perspectiva existencial heideggeriana e destacou a abertura e a liberdade como os âmbitos da existência mais perturbados na esquizofrenia. A partir desse trabalho constatou-se a contribuição de Binswanger, Minkowski e Boss na compreensão da experiência esquizofrênica e que, apesar desses autores apresentarem diferentes formas de descrever a existência destes pacientes, ainda assim, é possível dizer que existe um ponto em comum entre eles: a visão mais humanista da pessoa diagnosticada com esquizofrenia. Tal concepção traz mais esperança e, por si só, tem o efeito ‘curativo’, afinal o olhar que o profissional da saúde tem em relação à enfermidade do cliente influencia na relação entre profissional e paciente, no quadro clínico do mesmo, na condução do tratamento e na reinserção do enfermo em seu contexto familiar.
Palavras-Chaves: Esquizofrenia; Binswanger; Minkowski; Boss e Psicopatologia fenomenológica existencial.
Autor:
Laís da Rocha Borges (GO)
Mini-Currículo:
Laís da Rocha Borges (GO): Graduação em psicologia na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) Telefone para contato: 98043325 Email: [email protected]
ategoria: Tema Livre
Público-Alvo: 1º Período em diante
Co-Autor 1: Virginia Elizabeth Suassuna Martins Costa (GO)
Mini-Curriculo 1: Virginia Elizabeth Suassuna Martins Costa (GO): Possui graduação em Psicologia pela Universidade de São Paulo USP (1977), mestrado em Educação pela Universidade Católica de Goiás -PUC- GO (2002) e doutorado em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília – UnB/UFG (2008). Especialista em Gestalt-terapia no Brasil e Treinamento avançado nessa abordagem na França, Suíça e Estados Unidos. Professora da Universidade Católica de Goiás – PUC- GO, desde 1978, é Fundadora, Professora, Supervisora Clínica e Diretora Administrativa do Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt-Terapia de Goiânia ITGT. (GO)., Possui artigos e capítulos publicados em revistas e livros. Pesquisadora cadastrada na Plataforma Brasil, vinculada ao CNPq. Psicoterapeuta de criança, adolescente, casal e família e de grupo na perspectiva da Gestalt-terapia.
[tab: Resumo TL-10]
TL-10: EXPLORANDO A ÓTICA DE MEDARD BOSS SOBRE A PSICOPATOLOGIA FENOMENOLÓGICA
Ac. Beatriz Mendes de Souza (GO)
Ac. Caroline Cabral Quixabeira (GO)
Resumo:
Explorando a ótica de Medard Boss sobre a Psicopatologia Fenomenológica Beatriz Mendes de Souza Caroline Cabral Quixabeira Orientadora: Virgínia E. Suassuana Martins Costa Medard Boss viveu de 1903 a 1990, era um médico psiquiatra suíço que contribuiu de forma significativa para o desenvolvimento da psicopatologia de base fenomenológica elaborando uma nova forma de intervenção fortemente influenciada pelas ideias de Martin Heidegger. Em parte de suas obras, o psiquiatra buscou compreender nesta nova perspectiva da psicopatologia, o ser-doente. Assim Boss desenvolveu seu trabalho a partir da Analítica do Dasein, acreditando que o enriquecimento da psicopatologia viria da integração mente-corpo. Este trabalho tem como objetivo a compreensão das principais ideias de Medard Boss a cerca da psicopatologia fenomenológica, dentro da abordagem da Daseinanalyse. Para alcançar esse objetivo foi feito um levantamento bibliográfico, nas revistas da Associação Brasileira de Daseinanalyse da 1ª a 16ª edição, foram usados os sites de busca BVSPSI (Biblioteca Virtual em Saúde – Psicologia Brasil), Scielo, Google Acadêmico e PePSIC de Março de 2015 a Fevereiro de 2016. Quanto aos resultados desta pesquisa encontrou-se que a psicopatologia pode ser compreendida por meio dos sintomas relacionados a privações e perturbações do existir humano. Privações refere-se à redução nos âmbitos do existir do homem na sua afinação própria e em sua realização do ser-aberto. As perturbações podem ser evidenciadas na espacialidade e na corporeidade do ser-doente. Partindo deste ponto qualquer redução ou perturbação em uma face do existir humano toca diretamente sua totalidade de ser-no-mundo reduzindo as possibilidades na realização de sua existência e assim evidencia a ótica holística do ser-doente. Este ser-no-mundo vai além do espectro físico do corpo, já que transcende a pele. É por meio desse aspecto corporal que nos relacionamos com o outro, com nós mesmo e com o ambiente que nos cerca sendo que podemos nos aproximar ou nos afastar do que se mostra a nós. Mediante a essa corporeidade conseguimos perceber e dar significado as coisas do mundo, como também nos situar no tempo e no espaço. Desta forma, Boss apresenta a Daseinsanalyse voltada para a psicoterapia, onde os fenômenos do existir humano podiam mostrar-se a partir de si mesmos possibilitando a compreensão do modo de ser-no-mundo de seus pacientes.
Palavras-Chaves: Medard Boss, Psicopatologia Fenomenológica, Daseinanalyse
Autor:
Beatriz Mendes de Souza (GO)
Mini-Currículo:
Beatriz Mendes de Souza (GO): Acadêmica do oitavo período de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC GO) Atualmente monitora da disciplina Matrizes do Pensamento Psicológico II: Humanismo, Fenomenologia e Gestalt, ministrada pela professora Dra. Virginia E. Suassuna Martins Costa, iniciado em 2014/1. Participou como voluntaria do Projeto de Iniciação Cientifica: Impacto do Assédio Moral na Saúde Mental do Trabalhador. Voluntária no projeto de pesquisa “As psicopatologias e psicoterapias fenomenológicas existenciais: origem desenvolvimento e atuação.” coordenado pela Prof. Dr. Virgínia Elizabeth Suassuna M. Costa. Contato: (62) 93048503 [email protected]
Categoria: Tema Livre
Público-Alvo: 1º Período em diante
Co-Autor 1: Caroline Cabral Quixabeira (GO)
Mini-Curriculo 1: Caroline Cabral Quixabeira (GO): Estudante de Psicologia da PUC-GO, com graduação em Inglês pelo Centro Cultural Brasil Estados Unidos (CCBEU). Voluntária no projeto de pesquisa “As psicopatologias e psicoterapias fenomenológicas existenciais: origem desenvolvimento e atuação.” coordenado pela Prof. Dr. Virgínia Elizabeth Suassuna M. Costa onde estará pesquisando sobre o Ser-doente e proposta de intervenção na perspectiva de Medard Boss e monitora da matéria de Psicologia do Desenvolvimento 1 ministrado pela Prof. Noecyr Terezinha Mendonça Chaves. Contato: (62) 9905 5318 [email protected]