Programa Encontro 2013

 

 

XIX ENCONTRO GOIANO DA ABORDAGEM GESTALT E 
VIII ENCONTRO DE FENOMENOLOGIA DO CENTRO-OESTE

 A Estética, A Ética e o Sagrado no Encontro Humano
Dias: 16, 17, 18 e 19 de Maio de 2013

 

 

 

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL: Dr. Gonzague Masquelier (França)

Dr. Gonzague MASQUELIER é psicólogo e gestalt-terapeuta e também trabalha como consultor na Gestalt.
Ele é diretor da École Parisienne de Gestalt (EPG) por 20 anos. Ensina Gestalt em uma dúzia de países. Escreveu os livros “Gestalt nas Organizações” e “Gestalt Terapia: Viver Criativamente Hoje” (publicados pela Gestalt Press). Recebeu um prêmio especial “Le grand Livre du mois” (“O grande Livro do mês”) para esta última obra, que está publicada em Francês, Inglês e Russo. 


Ele virá em Maio 2013 dar dois Worshops como cursos Pré-Encontro nos dias 16 e 17. No CURSO PRÉ-ENCONTRO – 2: A Sexualidade na Abordagem Gestáltica, trabalhará em parceria com Marine KERGUENO, quando é tecnicamente indicado e muito mais eficiente a atuação de um casal de terapeutas.

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL: Marine KERGUENO (França)

Marine KERGUENO trabalha como terapeuta conjunta nos workshops com o Dr. Gonzague, em especial nos temas que dizem respeito a relacionamentos entre os gêneros, quando é tecnicamente indicado e muito mais eficiente a atuação de um casal de terapeutas.

Ela iniciou suas atividades como Gestalt-terapeuta há 14 anos. Atua também em terapia familiar e na Abordagem Sistêmica. No seu consultório particular atende individual e grupos em terapia e dá treinamento e supervisão em Gestalt. É vice-presidente da Société Française de Gestalt, a associação nacional que reúne os gestaltistas francêses.

No workshop do Encontro Goiano sobre “Sexualidade”, os dois trabalharão juntos.

Dr. Gonzague MASQUELIER, também nos prestigiará no XIX  Encontro Goiano de Gestalt, promovido pelo ITGT como uma Conferência já na abertura do evento.

As inscrições já estão abertas.  Veja logo a baixo detalhes do curso e como se inscrever! 

CURSO PRÉ-ENCONTRO – 1: A Abordagem Gestáltica nas Organizações
Workshop Teórico-Vivencial – Tradução simultânea
Dia 16/05/13 – 5ª Feira / 08:30 às 12:30 e das 14:00 às 17:00hs

Na Europa, a Gestalt é cada vez mais utilizada nas Organizações. Nossa abordagem, considera cada pessoa como ator e motor de mudança, especialmente por focalizarmos os seguintes conceitos:

  • A reabilitação das dimensões complementares, emocional e física
  • A qualidade da presença no aqui e agora
  • A importância atribuída à experiência e ao processo
  • A fluidez de ajustamento em situações ou ambientes diferentes
  • O assumir a responsabilidade e o compromisso escolhido.

Neste workshop teórico e experiencial, serão investigados alguns conceitos utilizados por gestaltistas treinadores e consultores, incluindo as questões éticas do trabalho organizacional.

 

CURSO PRÉ-ENCONTRO – 2: A Sexualidade na Abordagem Gestáltica
Workshop Teórico-Vivencial – Tradução simultânea
Dia 17/05/13 – 6ª Feira / 08:30 às 12:30 e das 14:00 às 17:00hs

Como valorizar a dimensão do sagrado na sexualidade?  “Vendo a sexualidade como uma expressão do encontro humano, no qual a comunhão de duas pessoas concretiza o bem supremo, que é o Amor”  

A perspectiva gestáltica  nos permite enfrentar as dificuldades sexuais de nossos clientes com instrumentos muito específicos: o ciclo da resposta sexual e suas interrupções, juntamente com o trabalho sobre a agressividade e seus vínculos com dificuldades sexuais.

A boa administração da necessária agressividade está no centro de todo trabalho terapêutico em Gestalt: viver e crescer no ambiente significa, metaforicamente, a necessidade de  “morder” o mesmo, a fim de se alimentar dele.  Mas quais são as consequências no trabalho com os nossos clientes? Como pode a agressividade necessária ser gerida na vida em sociedade?

Neste workshop, vamos alternar algum trabalho experiencial e contribuições teóricas. As dimensões éticas e sagradas serão abordadas em forma de interlocução com os participantes.

 

 

PROGRAMAÇÃO DO ENCONTRO

Local: Local: Universidade Paulista – UNIP
Rodovia BR, 153, Km 503 Fazenda Botafogo, Goiânia – GO 

 

DIA: 17/05/2013 – 6ª FEIRA
18:30: Abertura da secretaria

19:00 – Apresentação cultural
Cerimonialista: Drª Gizele Parreira (GO)

20:00 ÀS 21:30 – CONFERÊNCIA I: SOBRE A ÉTICA, A ESTÉTICA E O SAGRADO
Ms. Marisete Malaguth Mendonça (GO)
(CRP: 09/06)
Drª Virginia E. Suassuna M. Costa (GO)
(CRP: 09/39)

Coquetel de Abertura

Dia : 18/05/2013 – SÁBADO
8:30 ÀS 10:00 – CONFERÊNCIA II: O GESTALT-TERAPEUTA É UMA PESSOA. É POSSÍVEL A AUTO-REVELAÇÃO?
Dr. Gonzague Masquelier (França)

10:00 às 10:30 – Coffee-break

10:30 ÀS 12:30 – MESA REDONDA I: MÉTODO FENOMENOLÓGICO: COMPROMISSO ÉTICO COM A EXPERIÊNCIA DO CLIENTE
Dr. Adriano Furtado Holanda (PR)
(CRP: 01/3795)
Dr. Tommy Akira Goto (MG)
(CRP: 06/57008-0)
Dr. Andrés Eduardo Aguirre Antúnez (SP)
(CRP: 06/40011)

ALMOÇO

14:00 ÀS 16:00 – MESA REDONDA II: A ÉTICA NAS RELAÇÕES CONTEMPORÂNEAS
Ms. Marta Carmo (GO)
(CRP: 09/0993)
Dr. Marcos Aurélio Fernandes (DF)
(Filósofo)
Drª Yolanda Cintrão Forghieri (SP)

16:00 às 16:30 – Coffee-break

POSTERS

Concepções da relação terapêutica nas perspectivas da gestalt-terapia e do psicodrama
Gr. Jeane Franco de Oliveira
Ms. Érico Douglas Vieira
(CRP: 09/6745)

A presentificação da experiência como metodologia terapêutica na gestalt-terapia e no psicodrama
Gr. Nágila Caruline Dias Patricio da Silva
Ms. Érico Douglas Vieira
(CRP: 09/6745)

16:30 ÀS 18:00 – MINI-CURSOS E TEMAS LIVRES

 

MINI-CURSOS

MC-01: A fenomenologia da decisão***
Dr. Marcos Aurélio Fernandes (DF)
(Dr. em Filosofia)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Fechar” start=”hide”]

Resumo
“O desprendimento em Mestre Eckhart e a serenidade em Martin Heidegger”. O pensador Heidegger tinha no místico medieval Eckhart um “velho mestre de vida e de leitura”. O desprendimento (Abgeschiedenheit) é um tema central no pensamento de Eckhart. Como este pensamento do desprendimento foi recebido pelo pensamento essencial de Heidegger? Qual a relação que este pensamento do desprendimento guarda com o pensamento da serenidade (Gelassenheit), presente nos escritos da maturidade de Heidegger? Este minicurso pretende levantar e elaborar estas questõese receber os vislumbres de possibilidades que elas trazem para a nossa existência histórica contemporânea.

Palavras-chave: desprendimento, serenidade, Mestre Eckhart, Heidegger, mística, filosofia.

Mini-currículo
Marcos Aurélio Fernandes é Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum (Roma). Atualmente é professor da Universidade de Brasília. Dedica-se aos estudos da fenomenologia, especialmente de Heidegger. Escreveu o livro “À Clareira do Ser:da fenomenologia da intencionalidade à abertura da existência” (Teresópolis: Daimon, 2011). Participou, como coautor, do livro: “Fenomenologia do cuidado e do cuidar – Perspectivas multidisciplinares” (Curitiba: Juruá, 2011).[/dropdown_box]

 

MC-02: Re-configurando o campo familiar: um enfoque transgeracional**
Esp. Maria Alice Q. de Brito (BA)
(CRP: 03/0824)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
O campo familiar é uma gestalt que, no seu processo de auto-regulação organísmica vai gerando ajustamentos criativos, expressos nos comportamentos dos seus membros.Partindo do pressuposto que cada parte contém o todo, o cliente, como parte da gestalt familiar pode estar trazendo, com a sua queixa,algo que é ao mesmo tempo uma questão sua e um emergente de algum padrão disfuncional do seu campo familiar.

Considerando que os campos são regiões imateriais de influência onde, segundo Rupert Sheldrake (2012), em um campo os elementos afetam-se entre si mesmo sem contato material, ou seja, são meios de ação á distancia,os campos familiares estão configurados por influência das gerações anteriores dos indivíduos que fazem parte da ancestralidade de um mesmo sistema familiar.Pela lei da Pertinência,“aquele que pertenceu uma vez ao sistema tem o mesmo direito de pertinência que todos os outros” (Hellinger&Hövel, 2001, p. 14); ou seja, um campo ou sistema familiar abarca os filhos, pais, avós, irmãos dos pais, parceiros anteriores, adotados, natimortos, abortos etc.

O trabalho é feito com o cliente escolhendo integrantes do grupo ou elementos para representar os membros da sua família, organizando-os espacialmente de modo que suas posições reproduzam o sistema original das relações familiares. Como neste aqui agora do tempo existencial estão contidas as situações inacabadas do passado e as expectativas do futuro, a dinâmica da família vai se presentificando, e as gestalten atemporais que estão em aberto vão emergindo.

De acordo com o método fenomenológico, o gestalt-terapeuta não trabalha com a prioris; a sua intervenção vai sendo construída a partir do que vai acontecendo com cada personagem no campo,onde cada membro é ao mesmo tempo uma gestalt em si e parte da gestalt maior que é o campo familiar. Seguindo o que vai acontecendo com cada elemento da família, o Gestalt-terapeuta adotauma postura de equalizaçãoonde tudo o que acontece no campo é igualmente importante;quando um aspecto do campo familiar se move, o campo adquire uma nova configuração.

Trabalhar o campo familiar auxilia o cliente a tomar consciência da dinâmica oculta que está operando no campo e como as situações inacabadas desta dinâmica são forças gerando comportamentos disfuncionais. Ao dar-se conta e fechar aquela grande situação inacabada do campo atemporal,a energia se move, o campo se reconfigura, mudando o padrão de funcionamento. Assim, como parte da gestaltfamíliar, ao se trabalhar com o cliente na reconfiguração deste campo, os resultados vão além da sua transformação pessoal, tendo impacto na própria dinâmica da família, transformando-a; a vida flui mais livre e criativa.

Palavras chave: gestalt-terapia; constelação familiar; método fenomenológico.

Mini-currículo
Maria Alice Queiroz de Brito (Lika Queiroz) é Mestre em Psicologia Social (UFBA). Professora e supervisora do Instituto de Psicologia da Universidade Federal da Bahia. Fundadora e diretora do Instituto de Gestalt-terapia da Bahia. Membro do Colégio Internacional de Terapeutas. Docente de cursos de formação e pós-graduação em Gestalt-terapia em Institutos do Brasil e Espanha.Co-autora dos livros Catálogo de Abordagens Terapêuticas, Dicionário de Gestal-terapia, Psicologia Transpessoal.[/dropdown_box]

MC-03: corpo e contato: o caminho de um self integrado*
Psi. Maria Maura Alves (DF)
(CRP: 01/0558)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
Este mini-curso visa trabalhar o conceito de corpo como um instrumento criativo de busca do sagrado no processo terapêutico, na ampliação de awareness e na busca de caminhos mais prazerosos de atualização de nosso potencial criador. Nosso corpo é uma síntese Gestáltica que sacraliza o nosso existir. Nossa forma criativa de ser e intencionalizar é alicerçada na imanência aberta à transcendência através do nosso contato e de nossa ampliação de consciência. A sacralidade de nossa existência se manifesta primeiramente no corpo como veículo e receptáculo das grandes idéias e inspirações. Sabiamente, o organismo como um todo, percebe, materializa e sintetiza sensações, sentimentos e significados em movimentos e expressões inéditas, próprias do ser que busca, naturalmente, sua auto realização e expansão do seu potencial criativo. Através do contato que fazemos, integramos os três sistemas vitais básicos: o sensório, o cognitivo e o motor (Ribeiro, 1977). Como gestalt-terapeutas, temos liberdade e ferramentas teóricas necessárias para propiciar ao cliente vivências de contato, ampliação de consciência, sustentados na experiência imediata, na nossa imanência, rumo à sacralidade da vida. O Trabalho corporal e criativo no processo terapêutico em GT é, portanto, uma excelente oportunidade de enraizar o cliente no aqui e agora, possibilitando sua abertura para o inusitado, experimentando utopias e ressignificando seu estar no mundo, com o mundo e para o mundo.

Palavras Chave: Corpo; Contato; Imanência; Transcendência; Sagrado; Gestalt-terapia

Mini-currículo
Maria Maura Alves: Psicóloga clínica, formada pela Universidade de Brasília-1976; gestalt-terapeuta e membro didata do Instituto de Gestalt-terapia de Brasília; artista plástica; criadora e professora do curso “Corpo e Criatividade na perspectiva Gestáltica”;Didata em“Dinâmica Energética do psiquismo”.[/dropdown_box]

MC-04: Trabalhando o luto com crianças*
Ms. Synara Cavalho B. Araújo (GO)
(CRP: 09/2580)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
O trabalho de luto é um processo complexo, que envolve muitos sentimentos e fatores, facilitadores e dificultadores, na elaboração desse processo. O objetivo deste trabalho é abordar as experiências vividas pela criança enlutada, bem como os benefícios atingidos com a psicoterapia de abordagem gestáltica no processo de ressignificação da perda.

Palavras chave: luto, criança, abordagem gestáltica.

Mini-currículo
Synara Carvalho Branquinho Araújo: Psicóloga pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Especialista em Gestalt-terapia pelo Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestal-terapia de Goiânia, Mestre em Psicologia – Pontifícia Universidade Católica de Goiás[/dropdown_box]

MC-05: A psicopatologia fenomenológica na perspectiva de Eugène Minkowski**
Dr. Andrés Eduardo Aguirre Antúnez (SP)

(CRP: 06/40011)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
Eugène Minkowski (1885-1972), psiquiatra e psicopatólogo de origem russo-polonesa foi um dos precursores da psicopatologia fenomenológica ao lado de seu amigo Ludwig Binswanger. Seu interesse pela filosofia, principalmente aquela de Henri Bergson e Edmund Husserl, permitiu que elaborasse uma compreensão psicopatológica original. Radicado na França, em 1926 defende um tese em Paris Sobre a perda do contato vital com a realidade, em 1933 é publicado o Tempo Vivido e em 1966 seus principais artigos são reunidos no Tratado de Psicopatologia, pouco conhecido em nosso país, mas reeditado na França em 1999. Além de mais de duas centenas de artigos científicos, Minkowski permite que possamos repensar a psicopatologia, colocando-a em um lugar cujo modo de ser das pessoas é compreendido em uma ética profunda, pautada no contato com a afetividade, o espaço e o tempo vividos, e desenvolve a Psicopatologia fenômeno-estrutural. O método de Rorschach se enriqueceu com a análise minuciosa da linguagem a partir dos mecanismos essenciais de corte e ligação, evidenciados por Françoise Minkowska (1956). Seria possível pensarmos em uma psicoterapia compreendida a partir da análise fenômeno-estrutural?De seus desenvolvimentos nos dirigimos a uma nova reflexão da psicoterapia que não se satisfaz com explicações sintomáticas e encurtamento do tempo de acompanhamento de alguém, mas que procura por meio de compreensões possíveis, conhecer alguém com calma, sem sucumbir a pressões externas à relação terapêutica, em uma perspectiva que acolhe a complexidade e o mistério humano.É na intersubjetividade que observaremos a dinâmica vital com a realidade, ou sua ausência, os movimentos de vai e vem, os mecanismos de compensação fenomenológicos, a afetividade que ressoa à aproximação do outro, a deficiência afetiva, em fim, o modo de ser peculiar e singular da semântica pessoal.

Palavras-chave: Psicopatologia fenômeno-estrutural, psicoterapia.

Mini-currículo
Andrés Eduardo Aguirre Antúnez (SP). Possui graduação em Psicologia pela Universidade Paulista, especialização em psicologia da saúde pela Escola Paulista de Medicina, mestrado em saúde mental e doutorado em ciências da saúde pelo Departamento de Psiquiatria e Psicologia Médica da Universidade Federal de São Paulo. Atualmente é Professor do Departamento de Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo; É membro da Associação Brasileira de Rorschach e Outros Métodos Projetivos, da Société Internationale de Psychopathologie Phénoméno-structurale e Société Internationale Michel Henry. Coordenador da Clínica Psicológica Durval Marcondes – IPUSP. Coordenador de dois convênios internacionais como representante da USP: (1) com Centro de Estudos em Filosofia CEFi da Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, Portugal; (2) e com Instituto Universitário – Instituto Superior de Psicologia Aplicada – ISPA.[/dropdown_box]

MC-06: Gestalt-terapia uma abordagem em movimento***
Dr. Walter Ribeiro (DF)

(CRP: 01/317)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
“Estudo Gestalt Terapia desde 1972. Fui um dos pioneiros a estudar esta abordagem no Brasil, juntamente com Therèze A. Tellegen e outros psicólogos. Considero-me um estudioso da matéria e, não, um “mestre”. Pretendo nesse mini-curso dialogar alegremente com vocês sobre como aconteceu essa longa jornada, os encontros e desencontros que ela me proporcionou e… por onde continuo caminhando até hoje”.

Palavras chave: Não tem

Mini-currículo
Walter Ribeiro (DF). Psicólogo, paulista radicado em Brasília há 25 anos, está envolvido com a Gestalt-terapia desde 1972, fato este que, aliado a sua atividade discente (cursos com os mais renomados Gestalt-terapeutas`) e docente, fez com que se transformasse em um pioneiro desta abordagem e esteja entre seus principais praticantes e teóricos.
Sua característica. mais do que a de um professor que transmite conceitos, e estimular os seus formandos a desenvolver (recuperar) a indispensável capacidade de reflexão que os habilite a nada aceitar sem um criterioso escrutínio. “Vício” que trouxe da filosofia.
Com esse estilo crítico e até irreverente, foi introdutor da Gestalt-trapia em vários estados, principalmente no Planalto Central, onde continua um ensino inovador/provocador, com o qual busca resgatar as profundas raízes teóricas da abordagem.
Participou, como palestrante, de todos os Encontros e Congressos Nacionais de Gestalt-terapia, tendo sido o principal organizador e responsável teórico pelo III Encontro, realizado em Brasília. Participou também, como palestrante, de dois congressos internacionais desta abordagem (Espanha. 1995. e Argentina, 1997).
Autor do livro: Existência Essência (Ed. Summus), escreve desde 1980 e tem muitos textos inéditos, bem como alguns publicados em revistas e anais de vários congressos.[/dropdown_box]

TEMAS LIVRES

TL-01: Hoje não vou tomar minha dose de você: amor patológico no desencontro afetivo**
Esp. Luiza Carolina T. Colman (GO)

(CRP: 09/6197)
Esp. Arminda Brito de Sousa (GO)
(CRP: 5865)
Ms. Danilo Suassuna (GO)
(CRP: 09/3697)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
Este trabalho tem por objetivo abordar a temática do amor patológico a partir de uma compreensão da Abordagem Gestáltica. A dependência afetiva caracteriza-se pelo comportamento repetitivo e sem controle de oferecer cuidados e atenção ao objeto de amor/parceiro, visando receber o seu afeto e evitar sentimentos pessoais de menos valia. O indivíduo pode manter esta ação mesmo após concretas evidências de que está sendo prejudicial para sua vida ou de seus familiares. (Sophia, Tavares & Zilberman, 2007). Cardella (1994) ressalta que desenvolvemos modelos de comportamentos rígidos e inautênticos a partir de experiências de sermos amados e aceitos somente se correspondêssemos às expectativas de pessoas significativas. Estas atitudes podem ser repetidas nas relações adultas na busca de amor e aceitação. Tendo em vista que a capacidade de amar é ter habilidade para estabelecer limites entre si mesmo e o outro, é necessário que a pessoa saiba aproximar-se e afastar-se dos outros com fluidez (Cardella 1994). O espaço para nossa singularidade é necessário para que possamos viver em comunidade, pois só podemos nos unir se conseguimos nos separar e vice-versa. Esta singularidade precisa ser revelada ao longo da vida buscando um destino próprio, criativo e único que nos leva à experiência humana, à experiência amorosa. O amor possui diferentes formas e facetas, além de um sentimento, é uma atitude de abertura para o mistério do outro e da existência, para a aceitação profunda de nossa condição mesmo com todos os limites que carregamos (Cardella, 2009). Estando este trabalho calcado na Abordagem Gestáltica, ter-se-á a necessidade de resgatarmos a noção dinâmica da personalidade tratada por Lewin, bem como noções das fronteiras de contato como a confluência, introjeção, deflexão e proflexão. Noções de figura-fundo e permeabilidade das fronteiras de contato também serão apontadas com exemplos de casos clínicos de modo a compreender a experiência vivida por estes indivíduos.

Palavras-Chaves: Amor patologico, dependencia afetiva, desencontro, confluência

Mini-Currículo
Luiza Carolina Terra Colman: Psicóloga, Especialista em Gestalt-terapia pelo Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt-Terapia de Goiania (ITGT), e Mestranda em Psicologia da Saúde pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

Co-Autores
Danilo Suassuna Martins Costa: Doutorando e Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2008), possui graduação em Psicologia pela mesma instituição. Autor do livro "Histórias da Gestalt-Terapia – Um Estudo Historiográfico". Professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás e do Curso Lato-Sensu de Especialização em Gestalt-terapia do ITGT-GO. Coordenador do NEPEG Núcleo de estudos e pesquisa em gerontologia do ITGT. É membro do Conselho Editorial da Revista da Abordagem Gestáltica. Consultor Ad-hoc da revista Psicologia em Revista PUC-Minas (2011).

Arminda Brito de Souza: Possui graduação em Psicologia pela Universidade Católica de Goiás (2007). Acadêmica do curso de especialização em Gestalt-terapia . Membro, pesquisadora e coordenadora dos grupos de estudos do Núcleo de estudos e pesquisa em Gerontologia NEPEG. Tem experiência na área de Psicologia Clínica com ênfase nos seguintes temas: Gestalt-terapia, Fenomenologia e Gerontologia. Com atuação na ESSERE Consultório de Psicologia e como conveniada do ITGT, tem experiência em atendimento clínico de adolescentes, adultos e idosos.[/dropdown_box]

TL-02: O plantão psicológico no contexto escolar: relato de uma experiência**
Psi. Nathalia Borges Santos (GO)

(CRP: 09/8116)
Dr. Nilton Cesar Barbosa (GO)
(CRP: 09/5305)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
O plantão psicológico é uma modalidade de atendimento que vem sendo usado no contexto escolar. Este trabalho relata a experiência de implantação e desenvolvimento do Serviço de Plantão Psicológico em uma escola pública da cidade de Jataí – GO. O serviço foi disponibilizado aos familiares, alunos e professores às segundas, terças, quartas, quintas e sextas feiras nos três períodos de funcionamento escolar por seis plantonistas, estagiários do curso de Psicologia. Seguindo os pressupostos da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP) foram adotados procedimentos variados para sensibilizar a comunidade escolar em relação ao serviço e também para preparar os estagiários. Sob a ótica de uma estagiária em específico será relatada a experiência vivida como plantonista. Através deste trabalho foi possível organizar informações importantes em relação à clientela atendida, tais como idade, sexo e as demandas mais comuns. Concluí que a implantação do serviço contribuiu tanto para a comunidade escolar quanto para a formação humana e profissional da futura psicóloga.

Palavras-Chaves: plantão psicológico, abordagem centrada na pessoa, escola

Mini-Currículo
Nathalia Borges Santos: Psicóloga graduada pela Universidade Federal de Goiás -Campus Jataí; Professora Substituta da Universidade Federal de Goiás – Campus Jataí (Atualmente); Psicóloga Clínica no Espaço Corpo e Movimento (Atualmente).

Co-Autor
Nilton Cesar Barbosa: [/dropdown_box]

TL-03: A ressignificação do erro nas perspectivas educacional e da abordagem gestáltica*
Gr. Patrícia Moraes Veado (GO)
Ms. Érico Douglas Vieira (GO)
(CRP: 09/6745)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
O presente trabalho tem como objetivo descrever como o erro é tratado tanto na perspectiva da educação, quanto na perspectiva da Abordagem Gestáltica, traçando pontos em comum entre essas visões. O erro na educação tradicional tem sido tratado de forma banalizada e desvalorizada, podendo ser este um dos motivos que levam o aluno ao insucesso escolar, que deveria servir como um trampolim para a busca do sucesso do conhecimento. O aluno deve usar o insucesso como incentivo para avançar na resolução de problemas. Ao desvalorizar o erro do aluno o professor retira uma ferramenta importante no processo de ensino-aprendizagem, isto implica em tirar do aluno o suporte essencial para o raciocínio. O professor não tem espaço para dar acolhimento, compreensão e atenção necessária para o erro do aluno. Desta forma eles seguem um padrão pré-estabelecidos de ensino que não garante ao aluno um lugar de criação e autonomia, ficando presos a um processo alienado, utilizando do “método decorar” para ao menos passar de uma série para a outra. Para a Abordagem Gestáltica, a questão do erro é trabalhada a partir das exigências de perfeição impostas pela sociedade. As necessidades sociais colocam ideais e conceitos prontos para serem seguidos pelo indivíduo. Através da imperfeição e dos erros, o indivíduo pode criar novas formas de ser e ficar mais próximo de suas necessidades genuínas. Contudo, a partir do momento em que passa a se guiar pelos conceitos sociais, o indivíduo cria uma fachada falsa para ser aceito. As prisões construídas pelo perfeccionismo obstruem a capacidade de autorregulação organísmica, interrompendo dramaticamente o crescimento pessoal, interrupção que seria a neurose de acordo com Fritz Perls. A desvalorização da imperfeição e dos erros é uma forte questão cultural que explicita uma visão de descrença no potencial humano. A partir dessa perspectiva, não pode ser exercida a liberdade de experimentar formas diferentes de expressão. O ambiente educacional reproduz a tirania cultural do perfeccionismo, ao invés de buscar a ruptura em direção ao fomento da criatividade. O erro na educação deveria ser utilizado de forma mais construtiva, como processo rumo ao conhecimento. Nas perspetivas da Abordagem Gestáltica e Construtivista em educação, o intuito é apoiar o crescimento pessoal através da ressignificação do erro e da imperfeição. Para a Abordagem Gestáltica, é necessário dar suporte ao indivíduo nas suas necessidades genuínas, ampliando o potencial humano, diminuindo o apoio ambiental, aumentando a tolerância às frustrações. Assim o indivíduo pode se libertar do perfeccionismo da sociedade.

Palavras-Chaves: Erro; Educação; Abordagem Gestáltica; Perfeccionismo; Ressignificação.

Mini-Currículo
Patrícia Moraes Veado: Psicóloga formada pela Universidade Federal de Goiás – Campus Jataí

Co-Autor
Érico Douglas Vieira: Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais, Especialização em Psicodrama pelo Instituto Mineiro de Psicodrama Jacob Levy Moreno, Mestrado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Atualmente é Doutorando em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, exercendo a Docência como Professor efetivo do curso de Psicologia da Universidade Federal de Goiás (Campus Jataí).[/dropdown_box]

TL-04: A estética do vínculo terapêutico*
Psi. Thaís Carneiro Costa (GO)

(CRP: 09/7653)
Gr. Lívia Nayara T. Silva (GO)
Gr. Isadora Samaridi (GO)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
Do grego estética, aesthesis, significa percepção, sensação. Estética é a ciência que estuda o julgamento e a percepção do que é considerado belo, assim como os sentimentos que são despertados a partir dos fenômenos estéticos. Na antiguidade, a estética era estudada fundida com a lógica e a ética. Durante a Idade Média surgiu a intenção de estudar a estética independente de outros ramos filosóficos. Neste mesmo período, a sociedade ocidental desenvolveu-se como uma cultura pratriarcal, os valores dominantes nas relações humanas eram o poder, a força, a lógica e a intelectualidade. Assim, diversos aspectos da experiência e da realidade como o amor, os sentimentos, a intuição, a receptividade e a sensibilidade foram negligenciados pelo próprio homem. Durante os séculos XIX e XX, as práticas dos profissionais da saúde desenvolveram um caráter humanístico e humanitário problemático, pela multiplicação de profissões e especialidades, modos de organização e de financiamento, avanços tecnológicos duros, mercantilização e massificação, que acarretou tanto mudanças na prática, quanto nas relações estabelecidas entre esses profissionais e os pacientes por eles atendidos. Mas como humanizar o ser humano que se desumanizou no transcorrer do tempo? Como confrerir às relações humanas atributos como a compaixão, a bondade e a compreensão? As relações são a única forma de mobilização possível para que nos humanizemos e vivamos de acordo com nossa condição humana. No entanto, para ser íntima, uma relação respeita ciclos. Segundo os parâmetros atuais, é um tempo lento, para o qual estamos cada vez menos preparados e familiarizados. É preciso então que, a exemplo da estética, consigamos também nos relacionamentos, traduzir uma ligação que provoca um encontro verdadeiro entre seres verdadeiramente humanos. Assim, o presente tema-livre pretende discorrer a respeito do processo de construção do vínculo terapêutico e da estética do mesmo. Para tanto, será feito levantamento bibliográfico do tema, considerando-se as bases filosóficas e teóricas da Gestalt-terapia que compõem a prática profissional desta área específica.

Palavras-Chaves: estética; vínculo; gestalt-terapia

Mini-Currículo
Lívia Nayara Tomás Silva: Estudante de Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Associada ao Instituto de Treinamento de Gestalt- Terapia (ITGT). Pesquisadora-bolsista da pesquisa fenomenológica “Do Contato ao Tratamento de Epilepsia: Um Estudo Fenomenológico”.

Co-Autores
Thaís Carneiro Costa: Thaís Carneiro Costa é formada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Cursa especialização em psicologia clínica pelo Instituto de Treinamento de Gestalt-terapia (ITGT). Associada a ATFAGO (Associação Goiana de Terapia Familiar). Tem experiência na área de psicologia clínica, atuando principalmente nos seguintes temas: Gestalt-terapia com casais e crianças.

Isadora Samaridi: Estudante de Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Pesquisadora-bolsista do CNPQ.[/dropdown_box]

TL-05: O que é fenomenologia? A concepção de fenomenologia em Edith Stein*
Gr. Mak Alisson B. de Moraes (MG)

Dr. Tommy Akira Goto (MG)
(CRP: 06/57008-0)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
O presente trabalho tem como objetivo apresentar a concepção de Fenomenologia para a filósofa e fenomenóloga Edith Stein (1891-1942). Stein iniciou sua vida acadêmica estudando principalmente alemão, história, grego, psicologia e filosofia. Interessada por filosofia conheceu Edmund Husserl (1859-1938) e aprofundou seus estudos na Fenomenologia. Tornou-se uma das principais representantes da Filosofia Fenomenológica. Para o estudo proposto foram utilizados os textos de conferências pronunciadas pela filósofa, cujo objetivo era apresentar ao público geral a concepção de Fenomenologia. Os textos são: “O que é a Fenomenologia?” (Was ist Phanomenologie?, 1924); “A significação da Fenomenologia para a visão de mundo” (Die Weltanschauliche Bedeutung Der Phänemenologie,1932); “A Fenomenologia” (Der Phänomenologie, 1932). Em termos gerais, pode-se dizer que para Stein (1994), a Fenomenologia é uma filosofia que resgata a concepção de verdade absoluta e de conhecimento rigoroso, rompendo com as filosofias consideradas por ela relativistas, tais como: o naturalismo, o psicologismo e o historicismo. Ao contrário dessas filosofias, a Fenomenologia retoma a ideia de que a verdade é imutável e que o espírito deve encontrar a verdade, ao invés, de produzi-la. Na acepção de Stein, isso fez com que a Fenomenologia fosse confundida como apenas uma retomada dos grandes sistemas filosóficos antigos como o platonismo, o aristotelismo e a escolástica. Para ir além disso, a filósofa destaca uma característica fundamental da Fenomenologia: o método intuitivo. A filosofia, de acordo com a Fenomenologia, não é uma ciência dedutiva nem tão pouco indutiva, porque ela tem originário o conhecimento intuitivo das verdades filosóficas. A intuição é o meio específico para o conhecimento das verdades ideais. É importante destacar ainda que Stein, nesses textos, discorre a respeito do chamado “giro idealista” de Husserl, “giro” que foi fortemente criticado por alguns discípulos do filósofo. Apesar das inúmeras críticas ao “idealismo transcendental” de Husserl, Edith Stein tem uma visão diferente sobre esse “giro idealista” de seu mestre, mostrando que não há uma ruptura absoluta entre as obras “Investigações Lógicas” (1900-1901) e “Ideias para uma Fenomenologia Pura e uma Filosofia Fenomenológica” (1913), pois se percebe nas Investigações questões que conduziriam ao tema do transcendental. Por fim, conclui-se que Edith Stein tinha uma concepção original do que é a Fenomenologia, mesmo numa época em que essa estava seguindo diversos caminhos pelas críticas à Husserl. Stein, não segue nenhum desses outros rumos tomados pela Fenomenologia, mas concebe, como Husserl, uma visão original dessa importante corrente do pensamento contemporâneo.

Palavras-Chaves: Fenomenologia, Filosofia Contemporânea, Método Fenomenológico

Mini-Currículo
Mak Alisson Borges de Moraes

Co-Autor
Tommy Akira Goto: Psicólogo, Professor Adjunto da Universidade Federal de Uberlândia, Doutor em Psicologia Clínica (PUC-Campinas), Mestre em Ciências da Religião (Universidade Metodista de São Paulo), Membro-colaborador do Circulo Latinoamericano de Fenomenologia (Clafen), Membro-assistente da Sociedad Iberoamericana de Estudios Heideggerianos (SIEH). Pesquisador do Grupo de Pesquisa da UFU – CNPQ/CAPES “Contribuições da Fenomenologia de Edmund Husserl e Edith Stein à Psicologia: fenômenos psicológicos” e autor de livros sobre Psicologia Fenomenológica e Fenomenologia da Religião pela Editora Paulus.[/dropdown_box]

TL-06: Filhos dos desencontros: a ética e a educação de crianças na contemporaneidade*
Esp. Bárbara Spencieri de O. Campos (GO)

(CRP: 09/2008)
Ana Carolina Moura de Araújo (GO)
(CRP: 09/6866)
Ms. Danilo Suassuna (GO)
(CRP: 09/3697)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
Em meio a encontros e desencontros nas relações humanas o conceito de família vem se modificando e adquirindo novas constituições. Situações como a terceirização da criação dos filhos para instituições educacionais e para a mídia, vem se tornando cada vez mais comum. Tendo em vista que a educação dos filhos está vinculada a aspectos culturais familiares, de acordo com Monteiro, L. e Cardoso, N. (2001), as modificações no sistema familiar influenciam diretamente o desenvolvimento psicoafetivo das crianças. Tanto na separação quanto em outras formas de desencontros das relações dos pais, existe uma reconfiguração do campo que influencia o desenvolvimento da criança. É importante que essas mudanças sejam vivenciadas de uma forma saudável, em meio a um ambiente que crie a possibilidade da criança ser e escolher sem isso incorrer em prejuízo em suas interações afetivas (Pimentel,2005). Para tanto alguns cuidados precisam ser tomados frente a educação/criação dessas crianças. Atentar-se, por exemplo, se a criança está sendo percebida ou usada para deslocamentos das disputas afetivas dos adultos, ou se o perfil educacional dos entes parentais é muito difuso e conflitivo; são exemplos de questões importantes a serem observadas. Aspectos como estes precisam ser vistos dentro de um viés ético, uma vez que a criança está em um processo de construção de valores. Sendo assim, é necessário que alguns encontros ou até reencontros, no âmbito da educação dos filhos, ocorram, para que só assim haja um menor prejuízo emocional às crianças. Imprescindível se faz, então, que novas possibilidades de convivência e de percepção do campo sejam vislumbradas. Nesse aspecto, a participação do gestalt-terapeuta é necessária para que o reencontro dos pais no que tange a educação dos filhos possa ser percebido de forma criativa e para que, via relação terapêutica, a criança também consiga ressignificar esses desencontros. Essa realidade vem se tornando cada vez mais comum e recorrente na contemporaneidade, e a discussão da presente temática na abordagem gestáltica é de extrema relevância. Com isso, o objetivo do referido trabalho abrange discutir e trabalhar a postura do gestalt-terapeuta nesses casos por meio de discussões de casos clínicos e vivências.

Palavras-Chaves: Etica, educação infantil, família, criança, separação conjugal.

Mini-Currículo
Bárbara Spencieri de O. Campos (GO): Psicóloga graduada na PUC-Go especialista em Gestalt-terapia pelo ITGT-GO, especializanda em Neuropsicologia pelo Instituto de Neuropsicologia de São Paulo/ Hospital Beneficenca Portuguesa.

Co-Autores
Ana Carolina Moura: Psicóloga graduada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, PUC-GO (2009), pós-graduanda em Gestalt-Terapia pelo Instituto de Treinamento em Gestalt-Terapia. Tem experiência nas áreas Infantil, de Gerontologia, Terapia de Grupo, Comunitária e Organizacional.

Danilo Suassuna Martins Costa: Doutorando e Mestre em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2008), possui graduação em Psicologia pela mesma instituição. Autor do livro "Histórias da Gestalt-Terapia – Um Estudo Historiográfico". Professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás e do Curso Lato-Sensu de Especialização em Gestalt-terapia do ITGT-GO. Coordenador do NEPEG Núcleo de estudos e pesquisa em gerontologia do ITGT. É membro do Conselho Editorial da Revista da Abordagem Gestáltica. Consultor Ad-hoc da revista Psicologia em Revista PUC-Minas (2011).[/dropdown_box]

TL-07: Conhecendo a Gestalt: entrevista com um profissional da Gestalt-Terapia*
Gr. Pedro Henriky Machado Gomes (GO)

Gr. Mariana França (GO)
Ms. Fabíola Graciele Abadia Borges (GO)
(CRP: 04/30925)
Dr. Marcos Bueno (GO)
(CRP: 09/556)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
O presente trabalho consiste de uma revisão teórica dos principais conceitos da Gestalt-Terapia, tendo como ponto de apoio uma entrevista com um profissional da área. Primeiro é apresentado um histórico sobre a GT (Gestal-Terapia), seu fundador, Fritz Perls e as principais correntes intelectuais que o influenciaram. Em seguida é abordada a entrevista com o psicoterapeuta que apresenta, a partir de sua prática clínica, alguns fundamentos teóricos e técnicos da Gestalt-terapia. O trabalho tem como objetivo conhecer a Gestalt-Terapia e a atuação do Psicólogo na área. E ainda apresentar a Gestalt-Terapia a outros estudantes de Psicologia e Psicólogos que estão iniciando os estudos na abordagem, proporcionando conhecimentos sobre atendimento, como acolher o paciente, as demandas, os tratamentos, a difusão e utilização da abordagem no Brasil. A entrevista semi-estruturada com o profissional foi composta de um breve roteiro com perguntas referentes à formação, quando teve contato com a Gestalt-Terapia, o motivo da escolha desta abordagem, como é a formação, quais as técnicas utilizadas e o referencial teórico que ele enfatiza, e se ele utiliza outras abordagens. Além disso, foi pedido que ele descrevesse o método do seu atendimento, bem como elucidasse sobre a duração da sessão e sua faixa etária específica de atendimento. As respostas obtidas continham recorte histórico, o que possibilitou conhecer ainda mais a abordagem e elementos referentes à atuação desse profissional. O trabalho possibilitou vinculação do saber teórico com a prática, uma nova visão sobre a Gestal-Terapia, promovendo conhecimento mais aprofundado sobre Frederick S. Perls, existencialismo, humanismo e outras referências teóricas. Permitiram aproximar os alunos dos aspectos que envolvem o tratamento de psicopatologias, os caminhos a seguir para a formação de um Gestalt-Terapeuta e a necessidade do curso de Psicologia do CAC/UFG abrir cursos de Especialização em GT e outras áreas afins.

Palavras-Chaves: conhecendo a gestalt-terapia; entrevista com gestalt-terapeuta; conceitos da gestal-terapia

Mini-Currículo
Pedro Henriky Machado Gomes: Discente UFG-CAC (64) 93010501 / 99397523 [email protected]

Co-Autores
Fabíola Graciele Abadia Borges: Mestre em Psicologia Aplicada pelo Programa de Pós-graduação-mestrado da Universidade Federal de Uberlândia – UFU

Marcos Bueno: Doutor em Psicologia pela PUC-GO

Mariana França da Silva: Graduada em Administração – CESUC, Discente em Psicologia UFG-CAC[/dropdown_box]

 

18:00 ÀS 20:00 – MESA REDONDA III – A ÉTICA A ESTÉTICA E O SAGRADO DO CASO CLÍNICO
Ms. Lilian Meyer Frazão (SP)
(CRP: 06/550)
Ms. Sandra Albernaz L. M. Saddi (GO)
(CRP: 09/1626)
Drª Teresinha Mello da Silveira (RJ)
(CRP: 05/2972)

Dia: 19/05/2013 – DOMINGO

08:30 às 10:00 – MINI-CURSOS e TEMAS LIVRES

MINI-CURSOS

MC-07: O atendimento de crianças na Gestalt-terapia*
Drª Virginia E. Suassuna Martins Costa (GO)

(CRP: 09/39)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
Essa atividade pretende, a partir do resgate dos pressupostos filosóficos e teóricos da Gestalt-terapia, evidenciar aspectos práticos no contato e contrato terapêutico com a criança e com seus familiares, assim como todos os indivíduos que fazem parte de seu contexto existencial. Aspectos do desenvolvimento infantil serão também focalizados, assim como as atitudes patológicas dos pais que podem contribuir para que os distúrbios infantís, se tornem figura. Os dois paradoxos vivenciados pela criança serão abordados, na medida em que, o comportamento considerado inapropriado é a forma como a criança consegue estabelecer sua auto-regulação organísmica embora, simultaneamente debilita seu self e as suas funções de contato. Serão discutidas consequentemente,  outras  formas saudáveis de  expressão desenvolvendo um sistema mais funcional de auto-suporte, uma vez que, a utilização de seu sistema sensório-motor, favorece à criança a discriminação de como lidar com o meio para satisfazer suas necessidades de modo mais funcional. Hierarquizando suas necessidades, resgata sua habilidade diante de suas possibilidades, optando por um novo ritmo de contato e afastamento do meio, que também se apresenta modificado.

Palavras Chave: Gestalt-terapia; psicoterapia infantil; família; fenomenologia.

Mini-currículo
Virginia Elizabeth Suassuna Martins Costa: Formada em Psicologia pela USP- Ribeirão Preto- S.P – 1978; Professora da Pontifícia Universidade Católica de Goiás desde – 1978; Psicoterapeuta e Proprietária da Gestalt Clínica desde 1978; Pós graduada em Psicologia Clínica pela PUC – Belo Horizonte – MG – 1984; Formação em Gestalt -Terapia pela CEGEST (Centro de Gestalt – Terapia em Brasília) – 1984; Membro Fundadora, Professora e Supervisora do Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt Terapia de Goiânia – ITGT – desde 1987; Especialização em Gestalt Terapia no Gestalt Therapy Institute of Los Angeles; Cursos de Gestalt-terapia na França, Suíça, San Diego, Canadá e Dinamarca (1989 – 2000); Mestre em Educação pela (UCG)- Universidade Católica de Goiás -2002; Tema: a relação professor-aluno a partir da gestalt-pedagogia: a intersubjetividade como elemento significativo para a aprendizagem. Doutora em Ciências da Saúde pela UnB/UFG. – 2008. Tema: compreendendo o tempo vivido por adolescentes do gênero feminino com experiências de viver na rua e em abrigos.[/dropdown_box]

MC-08: Introdução à fenomenologia e à psicologia fenomenológica**
Dr. Tommy Akira Goto (MG)
(CRP: 06/57008-0)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
Edmund Husserl (1859-1938) foi fundador da Fenomenologia cujo pensamento influenciou tanto as correntes filosóficas de seu tempo quanto as ciências em geral. Dentre as ciências, a Psicologia foi a que mais recebeu influência da Fenomenologia, a qual proporcionou a essa ciência a possibilidade de se constituir-se como Psicologia Fenomenológica. Para o desenvolvimento da relação Fenomenologia e Psicologia, apresentamos uma breve introdução à Fenomenologia Transcendental, tendo como referência os últimos escritos de Husserl denominado: A Crise das Ciências Européias e a Fenomenologia Transcendental (Die Krisis der europäischen Wissenchaften und die transzendentale Phänomenologie. Eine Einleitung in die phänomenologische Philosophie), evidenciando a denúncia que o filósofo faz de uma crise das ciências e da razão, bem como sua crítica fenomenológica à epistemologia da Psicologia (crise da Psicologia). Em seguida, trazemos as análises de Husserl da relação da Fenomenologia com a Psicologia e a necessidade epistemológica de uma Psicologia Fenomenológica. Em síntese, podemos afirmar que para Husserl, a Psicologia Fenomenológica se constituirá como uma ciência universal dos seres humanos cujo objeto de estudo é o ser anímico. Na acepção de Husserl, a autêntica e genuína concepção de Psicologia Fenomenológica é fundamental para os psicólogos, porque é com o desenvolvimento dessa disciplina que eles poderão resgatar a subjetividade como fonte originária da vida humana e a sua correlação com o mundo-da-vida (Lebenswelt).

Palavras-chave: Psicologia Fenomenológica, Fenomenologia Transcendental, Método Fenomenológico, Edmund Husserl.

Mini-currículo
Tommy Akira GotoPsicólogo, Professor Adjunto da Universidade Federal de Uberlândia, Doutor em Psicologia Clínica (PUC-Campinas), Mestre em Ciências da Religião (Universidade Metodista de São Paulo), Membro-colaborador do Circulo Latinoamericano de Fenomenologia (Clafen), Membro-assistente da Sociedad Iberoamericana de Estudios Heideggerianos (SIEH). Pesquisador do Grupo de Pesquisa da UFU – CNPQ/CAPES “Contribuições da Fenomenologia de Edmund Husserl e Edith Stein à Psicologia: fenômenos psicológicos” e autor de livros sobre Psicologia Fenomenológica e Fenomenologia da Religião pela Editora Paulus.[/dropdown_box] 

MC-09: Definir saúde e doença: de Canguilhem à atualidade**
Dr. Adriano Furtado Holanda (PR)

(CRP: 01/3795)

MC-10: A questão do método fenomenológico e a psicoterapia*
Dr. Jorge Ponciano Ribeiro (DF)

(CRP: 01/496)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
A psicoterapia tem sido vista como algo que se coloca entre doença e saúde, entre cliente e psicoterapeuta. Nossa proposta é que a pessoa seja vista como uma totalidade criativa e criadora, na qual a saúde e não o sintoma ou a doença sejam vistos como normal, fruto do exercício consciente da liberdade humana. Existir é se identificar como tal e enquanto tal, e, embora todos nós padeçamos do misterioso processo do existir, temos que batalhar pelo diagnóstico da normalidade. Estou dizendo que temos de ter modos válidos, objetivos de aproximação do cliente que, não só e apenas através do penetrar no complexo campo da dor, da angústia, da ansiedade. Concordo com Goldstein quando afirma que “Cada homem é a medida de sua própria normalidade”. Temos, portanto, como afirma Husserl, “De encontrar as essências fundadas na evidencia”. Isto significa que “Toda a consciência, por sua vez, é consciência de alguma coisa, o que caracteriza a intencionalidade da consciência (Feijoo, 2000) “Existir é coexisitir… a vida procede dialeticamente… Assim, organismo e mundo atualizam-se ao mesmo tempo e passam da esfera do possível à esfera do real”, nos ensina Augras (2008). Fazer psicoterapia é resgatar, radicalmente,  a relação cliente-psicoterapeuta, no calor da evidência manifestada na descrição do dado, este dado, aqui-agora. “Assim, deverão ser repelidos quaisquer procedimentos que visem interpretar o comportamento do cliente, apoiando-se no sistema elaborado a priori, antes e fora do acontecimento presente” (Augras 2000). Gestalt-terapia é descrita e vivida como psicoterapia do contato, fruto do encontro, do cuidado, da inclusão e da pré-sença de duas pessoas que se entregam uma a outra, mais do que na esperança, muitas vezes na certeza existencial de que juntos poderão construir novas saídas, mas isto não acontecerá, se e quando estas saídas já fizerem parte do caminhada. Método fenomenológico –existencial e Gestalt-terapia se equivalem.

Palavras chave: método fenomenológico, psicoterapia

Mini-currículo
Jorge Ponciano Ribeiro é psicólogo clínico, professor titular emérito da UnB, fundador e presidente de Instituto de Gestalt-terapia de Brasília, DF.[/dropdown_box]

MC-11: Contribuições da gestalt-terapia para outras abordagens**
Ms. Érico Douglas Vieira (GO)
(CRP: 09/6745)
Gr. Jeane Franco de Oliveira (GO)
Dr. Luc Marcel Vandenberghe (GO)
(CRP: 09/2493)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
O trabalho tem como objetivo demonstrar as possibilidades de contribuições da Gestalt-terapia para outras abordagens em psicoterapia. Faz parte de uma pesquisa que investiga as possíveis integrações entre a Gestalt-terapia e o Psicodrama, na qual foram entrevistados profissionais de ambas as abordagens. Aqui, o foco se dá sobre os dados que apontam para as possíveis utilizações de ideias, conceitos, pressupostos filosóficos e atitudes clínicas que a Gestalt-terapia poderia fornecer para os profissionais de outras abordagens, vislumbrando a construção de pontes de diálogos entre os sistemas de psicoterapia. O respeito que a Gestalt-terapia demonstra ao cliente é algo fundamental, pois a relação terapêutica é marcada por uma postura democrática, na qual não se tenta impor conteúdos interpretativos ao cliente. Ao invés da interpretação, utiliza-se a descrição. O cliente descreve a própria experiência, de modo a ampliar o contato consigo mesmo. O cliente se apossa de si mesmo, libertando-se das preconcepções e rótulos que recebeu ao longo da sua vida. O terapeuta precisa ter uma postura de humildade, como alguém que procura conhecer o cliente, através de uma atitude fenomenológica, mergulhando no desconhecido que é o material emergente das sessões de psicoterapia. Apresenta-se como grande o desafio do terapeuta se despojar de expectativas e preconcepções, tratando o cliente como sujeito concreto. A Gestalt-terapia fornece uma visão mais horizontalizada da relação terapeuta-cliente, tratando esse como um ser autônomo. Percebe-se uma ruptura com a figura do terapeuta como aquele que detém o poder. O terapeuta é um ser humano a serviço de outro ser humano, sendo desejável que a atuação do psicoterapeuta transcenda seu papel como mero técnico. Quando o terapeuta se inclui como pessoa, ele pode examinar a si mesmo como um dos pólos da relação terapeuta-cliente, com suas possíveis contribuições para que a relação terapêutica tenha obstáculos, por exemplo. A Gestalt-terapia se encaixa numa família de psicoterapias, de base fenomenológico-existencial, que possuem uma confiança no ser humano, na sua capacidade de auto-regulação e auto-atualização. Em contextos sociais favoráveis a pessoa tende ao crescimento. O ser humano é um ser de possibilidades, podendo fazer novas escolhas, até mesmo aprender com situações nas quais não se tem escolha, como a morte, por exemplo. Por fim, a Gestalt-terapia pode contribuir para a sensação de isolamento que as dificuldades nos relacionamentos interpessoais produzem no mundo contemporâneo. A grande contribuição seriam os vínculos terapêuticos fundamentados numa atitude dialógica, nos quais o cliente sinta-se confirmado em suas vivências subjetivas.

Palavras-Chaves: Gestalt-terapia; contribuições; integração; relação terapêutica.

Mini-Currículo
Érico Douglas Vieira: Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais, Especialização em Psicodrama pelo Instituto Mineiro de Psicodrama Jacob Levy Moreno, Mestrado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Atualmente é Doutorando em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, exercendo a Docência como Professor efetivo do curso de Psicologia da Universidade Federal de Goiás (Campus Jataí).

Co-Autores
Luc Marcel Vandenberghe

Jeane Franco de Oliveira: Discente do curso de Psicologia da Universidade Federal de Goiás – Campus Jataí (UFG)[/dropdown_box]

MC-12: Estética, poiética e transformação*
Drª Teresinha Mello da Silveira (RJ)
(CRP: 05/2972)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
Este curso objetiva um olhar sobre os aspectos formais do contato com vistas às transformações propiciadas pelos bons relacionamentos estabelecidos na vida e de um modo particular pelo momento ímpar da psicoterapia que se fundamenta na awareness e no contato efetivo com o novo para mudanças significativas.
Zinker (2001) afirma que em todas as interações humanas existe um lado estético. Ainda segundo ele “A formação e destruição de Gestalten é um processo estético e não simplesmente utilitário” (p. 52). Privilegio no curso a “boa forma” na resolução das questões existenciais, a qual pode ser enunciada como estética, uma vez que se apresenta com um valor de algo que é bom, prazeroso e belo.
Parto da ideia de que o homem se constitui e faz parte de um campo com o qual ele se intercomunica numa troca constante que modifica ambos – homem e ambiente.
O centro do trabalho é o contato como o lugar de potencial poiético, que se faz presente na fronteira onde ocorre a experiência de troca de informações entre o organismo e o meio.
Inspirada por meus estudos mais recentes que resultaram em um livro, sustentada por outros autores da Gestalt que dialogam com estudiosos que se dedicaram a compreender o ser humano, utilizando uma metodologia teórica e vivencial pretendo desenvolver com os participantes a habilidade de fazer “bons contatos”, utilizando suas variadas potências criativas, na confiança de que poderão aumentar a sensibilidade para experimentar de maneira mais plena os muitos encontros da vida e para o seu ser e fazer terapêutico.

Palavras Chave: Estética; Contato; Potência Criativa; Mudançao

Mini-currículo
Teresinha Mello da Silveira: Psicóloga, CRP 05/2972, Doutora em Psicologia Clínica (PUC/RJ). Especialista em Psicologia Clínica e Hospitalar.  Psicóloga/Supervisora do Instituto de Psicologia (UERJ) na área clínica de 1980 a 2006. Professora e Preceptora de Residentes em Psicologia Clínica e Institucional do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE/UERJ) de 1994 a 2006. Diretora do Fluir Com – Espaço de Estudo e Terapia em Gestalt, onde faz atendimento clínico e ministra cursos. Coordenadora do Curso de Pós Graduação em Psicologia Clínica, vinculado ao Grupo Lusófono. Coordenadora acadêmica, professora e supervisora do Curso de Formação em Terapia de Casal e de Família em Gestalt, Professora de Psicologia Clínica do IGT, ICGT e CEGEST. Autora do livro Por Que Eu? A doença e a Escolha do Cuidador Familiar e do livro A Estética do Contato, além de ter escrito artigos e capítulos em vários livros de Psicologia.[/dropdown_box] 

MC-13: Quando o terapeuta adoece existencialmente*
Drª Yolanda Cintrão Forghieri (SP)

[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
Este trabalho encontra-se fundamentado em uma abordagem fenomenológica a partir de idéias dos filósofos Husserl, Merleau – Poty, Buber e do psiquiatra e psicólogo Binswanger, compreendidas e articuladas às vivências da própria autora, como terapeuta durante mais de meio século. Em tal abordagem é atribuída grande importância à vivência, sendo esta considerada o início, ou o ponto de partida dos conhecimentos. O referido trabalho tem por objetivo tratar de um problema que pode surgir no decorrer de um processo psicoterápico: o adoecimento existencial do terapeuta. Este consiste no adoecer de uma pessoa, que atinge seu modo de ser, de pensar e de agir, deixando-a, momentaneamente, confusa, aflita, ansiosa ou deprimida, sem conseguir compreender o que está lhe acontecendo, e consequentemente sem saber o que pensar e como agir. Várias circunstancias podem provocar o adoecimento existencial, tais como:uma repentina e grave doença física, a morte de uma pessoa muito querida, o rompimento de uma relação amorosa profunda, um assalto etc. Trata-se de algo que chega a atingir, ou pode até ultrapassar o limite dessa pessoa para reconhecer, enfrentar e superar a situação. Pode durar apenas alguns dias, mas também vários meses, dependendo da intensidade do sofrimento da pessoa. Embora esse adoecimento seja freqüente em pessoas reconhecidas como clientes, pode também atingir o terapeuta. Pois, este como ser humano é ser-no-mundo em constante desenvolvimento no sentido de seu amadurecimento, porem nunca chega a se completar. E quando ele adoece existencialmente de modo prolongado, pode necessitar da ajuda de um profissional e deve tomar providencias em relação aos seus clientes. A primeira delas é colocá-los a par do que está lhe acontecendo, demonstrando-lhes sua consideração e autenticidade, dando-lhes seu exemplo de enfrentar a realidade . Em seguida , em diálogos com cada um dos clientes , juntos podem decidir pelo prosseguimento da sua terapia, ou pelo seu encaminhamento a outro profissional. Nas vivências da própria autora, em momentos muito difíceis de sua existência, os seis clientes que estava atendendo nessa ocasião quiseram com ela prosseguir sua terapia, durante a qual apresentaram significativas melhoras.

Palavras chave: Ser-no-mundo, Autorevelação, Adoecimento existencial

Mini-currículo
Yolanda Cintrão Forghieri: Doutora em Ciências-Psicologia, Livre Docente e Professora Titular pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo-Brasil e da Pontifícia Universidade Católica. Psicóloga, Pedagoga, Especialista em Psicologia Clinica pela memorável Faculdade de Filosofia Ciências e Letras “Sedes Sapientiae de São Paulo. Aconselhadora Terapêutica .Acadêmica Titular da Academia Paulista de Psicologia, Titular da Academia de Ciências da Associação dos Funcionários Publicos do Estado de São Paulo. Homenageada em Paris-França pela Academie  Internationale Le Merite et Devouement Français, Diplôme de Medaille d´Argent decerné pour Servirces exceptionnels rendu à la Collectivité Humaine, Livros: Forghieri, Y. C.(2012) Psicologia Fenomenológica: fundamentos, método e pesquisas. São Paulo: Cengage Learning Forghieri, Y. C. (2003) Aconselhamento Terapêutico: origem, desenvolvimento e pratica. São Paulo: Thomson Learning Forghieri, Y. C. (org.) (1984) Fenomenologia e Psicologia. São Paulo: Cortez.[/dropdown_box]

MC-14: A significação do sintoma na gestalt-terapia***
Ms. Marisete Malaguth Mendonça (GO)

(CRP: 09/06)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
“Só aquilo que somos realmente tem o verdadeiro poder de curar-nos.” / (Carl Gustav Jung).
No presente artigo pretendo expor o meu entendimento do sintoma, baseando-me na teoria da Gestalt-terapia. Parto de um conceito fundamental da Gestalteoria para a Gestalt-terapia: figura-fundo. Esse princípio aplicado à existência individual leva-nos ao entendimento de que os sintomas levados à psicoterapia não podem ser considerados de forma isolada. Por trás da configuração que eles assumem (a figura) há sempre algo mais amplo (o fundo). A queixa que é trazida tem um contexto no qual se situa e que lhe confere – e nos permite apreender – seu significado.
Outro importante pressuposto teórico da Gestalt-terapia do qual lanço mão é aquele que afirma cada experiência perfazendo naturalmente uma trajetória ou um episódio de contato completo: o Ciclo de Contato. Este Ciclo, quando completo, se fecha (prefiro dizer que se transforma) dando passagem à nova experiência (ou à nova figura).
Perls atribui a neurose ao acúmulo de “gestalten inacabadas”- necessidades interrompidas ou não satisfeitas, isto é, sucessivas interrupções no fluxo natural de alternância entre figura e fundo no Ciclo de Contato.
Sendo muito complexo o caráter das interações humanas, o Ciclo de Contato raramente se realiza da forma ideal. O mais freqüente é haver perturbações que provocam interrupções no seu curso. Aí aparecem os sintomas.
Os sintomas servem, de forma paradoxal, para encobrir a verdadeira experiência da pessoa, que exibe uma imagem fictícia de si mesma e para denunciar este embuste que lhe tolhe a liberdade de ser. Tal conflito é sintetizado no aparecimento de diferentes tipos de sintomas.
Como nossas vivências originais não podem ser legisladas, a interrupção delas gera o sofrimento concretizado nas queixas apresentadas. Penso que apenas as gestalten inacabadas relativa ao Eu – e não todas as gestalten -é que lutam pelo seu completamento. Assim, as vivências egossintônicas tendem a pressionar para serem finalizadas. A questão é que essas vivências estão presentes e sendo interrompidas no aqui e agora. Toda vez que a situação semelhante ocorre, a expressão do Eu é interrompida. Apesar de permanecerem no fundo, essas estruturas vivenciais estão sempre ameaçando vir à tona uma vez que são situações inacabadas ou gestalten abertas referentes ao Eu, mobilizadas no dia a dia.
Afirmamos, neste trabalho, que a Gestalt-terapia não é uma clínica centrada na supressão do sintoma, não visa a sua eliminação.
Pelo contrário, é tentativa do gestaltista examiná-lo mediante a investigação e a compreensão do seu sentido, isto é, o que está sendo interrompido no projeto organísmico.  E o motivo dessa interrupção. Afinal,, esses sintomas não são elementos externos e estranhos agregados arbitrariamente ao organismo como seres intrusos. Eles têm uma função aí. Daí o porquê da prescrição de não buscar eliminá-los.
Em síntese, o sintoma tem uma função de transformação ou crescimento, além do papel informante que exerce. O sujeito precisa passar por ele para se transformar. Ele precisa “se dar mal” com a restrição do seu ser. Excluí-lo precocemente, significa eliminar a possibilidade de transformação para o crescimento
Na concepção gestáltica, o interesse da totalidade é que gera a realidade fenomênica. Igualmente, o interesse da totalidade é que gera o Sintoma. Assim, não convém visar sua “eliminação”. A relação funcional das forças do organismo lhe deram origem porque ele é o caminho necessário por onde deve passar a transformação, o processo de evolução da pessoa. A cura se dá quando a pessoa muda seu modo-de-existir-no-mundo, para um modo mais autêntico, fazendo contato com suas informações organísmicas, que não são individualistas, mas que sempre apontam para as suas interações.Nossas experiências não se dão num vazio ambiental, mas pelo contrário são necessariamente experiências do mundo!
O papel do psicoterapeuta é investigar e descobrir quais são as condições adversas que estão mantendo o conflito.
O poder do Terapeuta:
A presença aceitadora e “exorcizadora” (no sentido simbólico de “tirar o pecado daquilo”) do terapeuta é fundamental para que a força interruptora da gestalt se enfraqueça.
Escuta e Cura:
A escuta curativa deve ser aprendida e exercida pelo profissional da Gestalt. Ele exercitará esta escuta quando estiver convencido de que só ela vai curar seu cliente. Ele deve ser uma presença humana que diga “sim” às vivências mais íntimas, temidas e secretas da pessoa.
Assim, a sua tarefa terapêutica é facilitar ao cliente por meio da escuta dialógica que ele deixe ser o que está sendo… é criar um espaço de segurança para que o cliente deixe ser aquilo que pressiona para ser. É apenas poder existir!  Pode ser atuado ou não.  A energia bloqueada terá passagem e dará lugar a outra vivência, pois tudo que é, se transforma.
* Excerto do Curso Significação e Manejo do Sintoma em Gestalt-terapia, ministrado pela profª Marisete Malaguth Mendonça, no ITGT, 2012.

Palavras-chaves: sintomas, gestalt egossintônica interrompida, evolução da pessoa.

Mini-currículo
Marisete Malaguth Mendonça: possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. É Especialista na Abordagem Gestáltica e no Psicodiagnóstico de Rorschach. Professora por 33 anos dessa disciplina (Rorschach) e ainda das disciplinas Fenomenologia e Gestalt, / Saúde e Patologia Social /e Pensamento Dialógico em PsicoterapiaMestre em Psicologia Clínica pela PUC/GO, cujo tema foi sobre os arquétipos no Rorschach. Há 22 anos é Professora, Supervisora Clínica e Diretora Acadêmica do Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt-terapia de Goiânia – ITGT. Possui vários artigos publicados nas Revistas dos Encontros da Abordagem Gestáltica. E um no prelo pela Editora Summus. É Orientadora de 27 pesquisas clínicas na Abordagem. Nos últimos anos, vem escrevendo e dando cursos sobre o Humanismo, A Relação entre a Fenomenologia e a Dialógica e mais recentemente sobre a Significação dos Sintomas na Gestalt-.terapia. Atualmente vem fazendo pesquisa  e escrevendo  sobre um tema que tem absorvido enormemente seu  interesse: A importância do não dito na Psicoterapia.[/dropdown_box]  

MC-15: Abordagem gestáltica e gerontologia: uma prática possível*
Ms. Denise Borella de Sousa (GO)
(CRP: 09/6767)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
Diante do vertiginoso envelhecimento populacional, cabe refletir no âmbito acadêmico, como a Abordagem Gestáltica pode se mobilizar para a construção de uma prática voltada para esse segmento populacional. A proposta deste trabalho é pensaras possibilidades de ação em psicologia gerontológica respaldada na Abordagem Gestáltica.

Palavras-chave:Abordagem Gestáltica; Pessoa Idosa; Gerontologia.

Mini-currículo
Denise Borella de Sousa Costa: Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Goiás (2009). É especialista em Gestalt-Terapia pelo Instituo de Treinamento e Pesquisa em Gestalt-Terapia de Goiânia (ITGT). Professora da Anhanguera Educacional. Tem experiência na área de Psicologia, atuando principalmente nos seguintes temas: Gestalt-terapia, Grupos terapêuticos, Psicoterapia de Curta Duração e Gerontologia.[/dropdown_box]

MC-16: A minha, a sua, as nossas historias. A prática clínica e a relação terapeuta – cliente como um encontro de histórias e possibilidades.*
Esp. Daniela Mendonça Leão de Araújo (GO)
(CRP: 09/2664) 
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
Em meio a discussões sobre a relação terapêutica é relevante obter o esclarecimento do método psicoterápico da Gestalt-Terapia para a execução de um bom trabalho. De acordo com Rodigues (2011), o psicoterapeuta, está ali, junto com seu cliente, com seus sentimentos sua historia,suas situações vividas, assim como é também presente tudo isso em relaçãoao cliente. Isto nos leva a consciência de que não tem como, de acordo com a Gestalt-Terapia, ficarmos isentos diante do cliente, o que nos leva a compreender o tamanho da nossa tarefa e a importância de conhecermos a nossa própria historia. Rodrigues(2011), acrescenta  ainda que é um momento no qual nos colocamos diante do cliente numa relação interpessoal ao mesmo tempo como participante e atento ao que acontece neste encontro. Discutir como se dá essa relação terapeuta-cliente é o objetivo deste trabalho por meio de vivência num primeiro momento, para posteriormente uma discussão teórica.

Palavras-Chaves: relação terapeuta- cliente, prática clínica

Mini Currículo
Daniela Mendonça Leão de Araújo: Psicóloga graduada na PUC-GO, Especialista em Gestalt-terapia pelo ITGT.[/dropdown_box]

 

TEMAS LIVRES

TL-08: A ajuda e a arte do cuidar*
Ms. Helena Pinheiro J. Vasconcelos (RJ)
(CRP: 05/34161)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
Ajudar o outro é um dos preceitos mais bem vistos na cultura e na religião. Normalmente se atribui àquele que ajuda predicados positivos e até mesmo há grande admiração pelo benevolente. Os sinônimos de ajudar são: acudir, defender, proteger, amparar, socorrer, salvar e auxiliar, todos são verbos que dão força e poder aos que praticam tal ação. O psicólogo que atua na clínica pode se ver convidado a exercer esse papel com seus clientes, podendo ficar envolvido e mobilizado com eles. Este trabalho teve como objetivo discutir sobre a ajuda e o cuidar na relação terapêutica na Gestalt-terapia, descrevendo possibilidades de como o terapeuta pode auxiliar ou atrapalhar o processo da psicoterapia. Para alcançar o objetivo proposto, foi feita uma revisão bibliográfica, ressaltando conceitos da Gestalt-terapia e a definição de ajuda e do cuidar na clínica gestáltica. Inicialmente foi discutido que apesar de na cultura comum a ajuda ser vista positivamente, foi ressaltado que essa postura pode dificultar o processo terapêutico por poder impedir a tomada de consciência e a awareness do cliente. Depois foi explicada a relação dialógica, que estabelece a forma de contato entre o psicoterapeuta e o cliente, na qual deve se buscar a autenticidade e reciprocidade. Desta forma pode ser possível dar subsídios ao cliente para que ele se desenvolva e amadureça, sem o colocar em uma posição passiva ou de vítima. Até mesmo porque, a maturação completa pode nunca vir a acontecer, visto que é um processo em constante andamento e que esse movimento faz parte da vida. Foram abordadas as dificuldades comuns dos terapeutas quando se deparam com pedidos de ajuda de seus clientes e as sugestões de como agir nessas situações. Para isso, foram explicados a Teoria paradoxal da mudança e o Ciclo de contato. Foi assinalada a criatividade do cuidado, uma vez que é uma arte que necessita de aperfeiçoamento para saber em que medida faz algo ao outro e em que medida o deixa fazer por si mesmo. Por fim, foi afirmado que o processo terapêutico na Gestalt-terapia é estabelecido no entre da relação, no aqui-e-agora, levando em consideração e valorizando o potencial do cliente e de seus sintomas. Assim, foi concluído que não se busca ajudar o cliente, no sentido de fazer por ele, pois isso pode dificultar o processo de seu amadurecimento. A proposta é investir no potencial dele de forma cuidadosa para que ele possa se tornar aware de seu processo e encontrar o meio de se integrar e de encontrar soluções.

Palavras-Chaves: Gestalt-terapia, ajudar, cuidar, awareness, criatividade

Mini-Currículo
Helena Pinheiro Jucá Vasconcelos: Professora e supervisora clínica da Universidade Gama Filho, Mestre em Psicologia Clínica – Família e Casal – PUC-Rio, Especialista em Psicologia clínico-institucional do Hospital Universitário Pedro Ernesto – UERJ, Gestalt-terapeuta formada pelo Centro de Gestalt-terapia Sandra Salomão, Fundadora e coordenadora do grupo Alunos de Psicologia do Rio de Janeiro e do Portal Saberpsi.[/dropdown_box] 

TL-09: Cem anos de psicopatologia geral: fenomenologia, humanismo e existencialismo em Karl Jaspers**
Dr. Rogério Pires Oliveira (GO)
(CRM: 11047)

[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
Chegamos aos cem anos da publicação de Psicopatologia Geral, obra em que o psiquiatra e filósofo alemão Karl Jaspers (1883-1969) funda a ciência psicopatológica. O trabalho propõe a retomada da sua contribuição para as bases teóricas e filosóficas da Gestalt-terapia, especialmente a fenomenologia, o humanismo e o existencialismo. Será realizada exposição verbal, com auxílio de projeção, de excertos e citações da obra Psicopatologia geral, estudos biográficos, fotografias, e o percurso pessoal do apresentador na leitura da obra de Jaspers. Inspirado em Husserl, Jaspers introduz a fenomenologia como método de investigação na clínica psiquiátrica, e o esforço crítico de Psicopatologia Geral, obra de 1913, permanece insuperado. Foi dos primeiros filósofos da existência junto a Martin Heidegger, fazendo leituras originais de Kierkegaard e Nietzsche. Sua obra filosófica influenciou pensadores de todo o século XX, mas seu alcance foi limitado pela difusão da psicanálise nos países de língua inglesa. O percurso de Jaspers na psiquiatria foi curto, embora seus escritos descrevam o papel do psicoterapeuta para muito além do diagnóstico, antecipando os desdobramentos teóricos e práticos que culminariam nas psicoterapias de base fenomenológico-existenciais.

Palavras-Chaves: Karl Jaspers; psicopatologia; fenomenologia; psiquiatria; existencialismo

Mini-Currículo
Rogério Pires Oliveira: Médico graduado em 2004 na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás. Residência médica em Psiquiatria no Hospital de Base do Distrito Federal de 2006 a 2008. Membro titular da Associação Brasileira de Psiquiatria. Médico psiquiatra da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, atuando no Centro de Atenção Psicossocial Esperança. Médico auditor do IPASGO. Aluno do Curso de Especialização em Gestalt-terapia do ITGT.[/dropdown_box]

TL-10: Contribuições da fenomenologia de E. Husserl na obra de Frederick Jacobus Hohannes Buytendijk**
Gr. Marília Zampieri da Silva (MG)
Dr. Tommy Akira Goto (MG)
(CRP: 06/57008-0)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
O presente trabalho tem como objetivo identificar possíveis contribuições da Fenomenologia de Edmund Husserl (1859-1938) na obra de Frederick Jacobus Hohannes Buytendijk. O holandês F. J. H. Buytendijk (1887-1974) foi um conceituado biólogo, médico de formação acadêmica que não restringiu suas pesquisas à biologia ou às ciências naturais, mas buscou ir além, encaminhando-as para a área da Psicologia e da Antropologia Filosófica. Desde o início de seus estudos manteve interesse pela psicologia animal, porém reconhecendo nessa psicologia certo limite naturalista. Foram com os limites epistemológicos da ciência natural que conduziram Buytendijk a buscar outra metodologia que ampliasse seu horizonte de pesquisa. Assim, foi dessa maneira que a Fenomenologia de Husserl adquiriu importância metodológica em Buytendijk. Pode-se dizer que este interesse se deu quando Buytendijk concordou com as análises de Husserl que ultrapassavam o dualismo cartesiano presente na psicologia e de como o filósofo reintroduz a consciência como o modo de ser fundamental da subjetividade humana. Na acepção de Buytendijk, Husserl se tornou um reformulador da psicologia, já que por meio da Fenomenologia se pode ter com rigor e evidência uma psicologia pura ou fenomenológica, ou seja, uma psicologia que busca a origem e a essência da consciência e das vivências psíquicos. A psicologia fenomenológica transcende a relação com a psicofísica, contrapondo a psicologia empírica pautada na experiência imediata, a qual esconde o fenômeno. Com isso Buytendijk rejeita a psicologia como ciência empírica e passa a conceber a Fenomenologia como um método mais eficaz e coerente, se não a única possível para compreensão da vida, do homem e do mundo. A partir dessa outra ou “nova psicologia” de Husserl, Buytendijk passa a compor seus trabalhos com os seguintes temas analíticos: a) intencionalidade, concepção que o permitiu compreender os comportamentos animal e humano e seus sentidos, enriquecendo assim não só a prática, mas também a teoria; b) a intuição como identidade original se revela no momento em que prepara o campo para estudar o comportamento espontâneo dos animais e homens e, c) o próprio conceito de psicologia, como fenomenológica. Para a explicitação dessa influência da Fenomenologia e Psicologia Fenomenológica nas análises de Buytendijk serão consultadas as seguintes obras: “Motivação” (La Motivación, 1959); “Dor” (El Dolor, 1958); “A Mulher” (La Femme sés modos d’être, de paraitre, d’existir, 1954); e “Encontro”(Phénoménologie de la Rencontre, 1951). Por fim, pode-se dizer que a Fenomenologia foi o “solo e a atmosfera” para Buytendijk desenvolver todas as suas obras.

Palavras-Chaves: Psicologia Fenomenológica; Escola Fenomenológica; vivências psíquicas.

Mini-Currículo
Marília Zampieri da Silva: Graduanda de Psicologia pela Universidade Federal de Uberlândia, estudante-pesquisador da linha de pesquisa Contribuições da Fenomenologia à Psicologia: investigação dos fenômenos psíquicos. Grupo de Pesquisa do CNPq/Capes.

Co-Autor
Tommy Akira Goto: Professor Adjunto I da Universidade Federal de Uberlândia, Doutor em Psicologia Clínica (PUC-Campinas), Mestre em Ciências da Religião (Universidade Metodista de São Paulo), Co-Presidente da Associação Brasileira de Fenomenologia, Membro-colaborador do Circulo Latinoamericano de Fenomenologia (Clafen), Membro-assistente da Sociedad Iberoamericana de Estudios Heideggerianos (SIEH). Pesquisador do Grupo de Pesquisa da UFU – CNPQ/CAPES “Contribuições da Fenomenologia de Edmund Husserl e Edith Stein à Psicologia: fenômenos psicológicos” e Autor de livros sobre Psicologia Fenomenológica e Fenomenologia da Religião pela Editora Paulus. Email: [email protected][/dropdown_box]

TL-11: Do passado ao futuro: contribuições gestálticas em projeto de prevenção ao tabagismo***
Ms. Maria Aparecida S. D. Vieira (GO)
(CRP: 09/0822)
[dropdown_box expand_text=”Informações” show_more=”Mais” show_less=”Menos” start=”hide”]

Resumo
Dentre os princípios éticos fundamentais dos psicólogos está o trabalho visando promover a saúde e qualidade de vida das pessoas e das coletividades. Os avanços da psicologia e atuação dos psicólogos tem permitido cada vez mais que estes participem em vários campos de práticas da saúde, inclusive a prevenção e promoção, em experiências interdisciplinares ou transdisciplinares. Várias pesquisas nacionais e internacionais tem evidenciado a carga epidêmica do tabagismo e de doenças tabaco-relacionadas, colocando-o como questão de saúde pública, com consequências sanitárias, sociais, ambientais e econômicas, às quais os profissionais de saúde não podem ficar indiferentes. O presente relato apresenta a experiência de elaboração e desenvolvimento de Projeto de Prevenção ao Tabagismo em um Instituto de Assistência à Saúde de Goiás, a partir do referencial gestáltico, ressaltando-se a visão holística do ser humano, a valorização de suas dimensões e o campo de inserção da equipe, dos usuários e do Instituto, para os ajustamentos criativos necessários. Exemplifica-se com a realização de dois grupos de tabagistas em 2012: um piloto, composto por colaboradores da instituição e outro composto por usuários. Os objetivos gerais foram sensibilizar colaboradores e usuários quanto aos agravos para a saúde, sociais, econômicos e ecológicos, relativos ao uso do tabaco, por meio de oficinas grupais informativas, orientativas e pedagógicas direcionadas aos tabagistas, bem como sugerir e encaminhar a tratamento os interessados em fazê-lo, na rede credenciada ou parceiros, para o abandono da dependência. Contou-se com parcerias internas e externas e com equipe multiprofissional, desde a elaboração até a execução do projeto. Os resultados demonstraram a valiosa contribuição dos princípios gestálticos, tanto na elaboração do projeto e integração da equipe envolvida, quanto na prevenção e promoção da saúde.

Palavras-Chaves: tabagismo; prevenção ao tabagismo; gestalt e prevenção.

Mini-Currículo
Maria Aparecida Silva Dias Vieira: Mestre em Psicologia, Especialista em Psicoterapia de Casal e Família, Psicodiagnóstico Rorschach e Outras Técnicas Projetivas e Graduada em Psicologia, pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Psicóloga Clínica e Organizacional e do Trabalho pelo CRP/09. Formação em Gestalt-terapia pelo ITGT/GO. Psicoterapeuta e professora em diversas disciplinas de Psicologia.[/dropdown_box]

 

10:00 às 10:30 – Coffee-break

10:30 ÀS 12:00 – MESA REDONDA IV – A CRISE ÉTICA DO PSICÓLOGO
Drª Gizele Parreira (GO)
Ms. Maria Alice Q. de Brito (BA)
(CRP: 03/0824)
Ms. Danilo Suassuna (GO)
(CRP: 04/12930)

ENCERRAMENTO
‘‘O SAGRADO NO ENCONTRO HUMANO’’
Dr. Jorge Ponciano Ribeiro (DF)
(CRP: 01/496)

PÚBLICO ALVO DAS ATIVIDADES
* 1º Período em diante
** 4º Período em diante
*** 7º Período em diante

VALE HORAS ATIVIDADES PARA EFEITO CURRÍCULAR

 .