MR-03: Encontro 2016

[tab: Ms. Lilian  Frazão (SP)]
SER OU NÃO SER… NA CONTEMPORANEIDADE… EIS A QUESTÃO…
Ms. Lilian Meyer Frazão (SP) – CRP: 06/550

Resumo:
Nesta apresentação abordaremos a falta de suporte e cuidado necessários para que possamos nos constituir como pessoas e a falta de condições para o acontecer humano no contexto social no qual vivemos na contemporaneidade. Falaremos de como se constelam no mundo contemporâneo as dificuldades e vicissitudes para a constituição do ser, bem como as formas que estimulam e respaldam o não ser. Abordaremos a conceituação de angustia que nos ajudará a compreender os fenômenos do não ser dadas as dificuldades, e até mesmo, impossibilidades de se experienciar a angustia. Falaremos também dos recursos dos quais dispomos em Gestalt-terapia para o acolhimento, continência e suporte a estas fenômenos no espaço psicoterapêutico.

Palavras-Chaves: constituição do sujeito, ser na contemporaneidade, acontecer humano

Lilian Meyer FrazãoMini-Currículo: 
Ms. Lilian Meyer Frazão (SP): Possui graduação em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1973) e mestrado em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo (1983). Pioneira em Gestalt-terapia no Brasil. Atualmente é psicóloga clínica – atuando em consultório particular – docente da Universidade de São Paulo e docente convidada em diversos institutos de Gestalt em território nacional e internacional. Tem experiência na área clínica, com ênfase em Gestalt-terapia, desenvolvendo trabalhos nas áreas de: psicologia, gestalt-terapia, treinamento de psicoterapeutas e diagnóstico. 

[tab: Ms. Sandra Albernaz (GO)]
VERGONHA E A POSSIBILIDADE DE SER

Ms. Sandra Albernaz L. M. Saddi (GO) – CRP: 09/1626

Resumo:
O presente trabalho tem o objetivo de discorrer brevemente sobre o sentimento de vergonha, bem como de esclarecer sobre o trabalho em gestalt-terapia com pessoas envergonhadas, na contemporaneidade. Proponho algumas reflexões: por que olhar do outro me causa tanto constrangimento? O que pode levar uma pessoa querer desaparecer, tornar-se invisível, apagar-se? Vivemos em uma época cheia de padronizações,  de deverias, de cobranças e de críticas, o que dificulta a expressão única de cada ser. Somos cada dia mais desconfirmados em nossa singularidade,  sobrando menos “espaço de ser” a cada um de nós. SER que vai se “encolhendo” e se “uniformizando” para ser aceito por outros, para fazer parte de algum grupo humano. Instala-se a vergonha… que é diferente da culpa (que está ligada ao ato: uma falta diante do outro e a espera por punição).  A vergonha está ligada ao ser: a pessoa não é o que acha que deveria ser diante do outro. Teme a solidão, a exclusão. A vergonha é a conseqüência direta da consciência de si,  da ruptura da  confluência. Consciência de si diante do outro, do olhar do outro.  A vergonha é sempre relacional: há alguém que fez ou que causou vergonha. Jorge afirma que cuidar é “fazer que a pessoa não sinta vergonha de si mesma, independentemente de como ela se apresenta ao outro. Desrespeitar alguém é tirar dele o direito de se sentir pessoa, de se sentir em comunidade…”  não obstante qualquer jeito que a pessoa possa ser. Explicito que o  trabalho terapêutico  é no sentido de que a pessoa sinta-se à vontade consigo e com o outro que a vê, já que é através do outro que me vejo existindo. Concluo que o gestatalt-terapeuta trabalha para que  a vergonha deixe de ser um empecilho ao Ser e a pessoa sinta que tem direito a fazer parte.

Palavras-Chaves: gestatal-terapia, vergonha, possibilidade de ser

profsandraMini-Currículo: 
Ms. Sandra Albernaz L. M. Saddi (GO): Possui graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (1994), mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Goiás (2002) e especialização em Gestalt-terapia pelo Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt Terapia de Goiânia-ITGT (1996). Atualmente é professora titular do Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt Terapia de Goiânia e atua em atendimento psicoterapêutico na Clincorpus-centro de terapias. Tem experiência na área de psicodiagnóstico, supervisão e atendimento clínico, com ênfase em Gestalt-terapia.

[tab: Drª Virginia Suassuna (GO)]
SENDO TERAPEUTA NA CONTEMPORANEIDADE! O ENCONTRO DO SER COM O PRÓPRIO SER!
Drª Virginia E. Suassuna M. Costa (GO) – (CRP: 09/39)

Resumo
A partir do tema proposto: “Sendo terapeuta na contemporaneidade: o encontro do ser como o próprio ser”, pretende-se convidar os participantes a iniciarem uma jornada em busca de “si mesmo”. De um “si mesmo”, que se perdeu pela falta da assimilação das dimensões diabólica e simbólica do próprio ser, responsáveis pelo processo de individuação, de personalização. Nessa jornada alguns questionamentos serão elaborados, visando a auto-reflexão inclusive da busca do sentido  de “ser terapeuta na contemporaneidade”. Entre eles, com que velocidade o indivíduo anda correndo de si mesmo para evitar a sua sombra?  Ou se já tomou a decisão de estacionar à sombra de outros? Ou ainda, se resolveu se unir a tantas outras sombras que já não sabe qual é a sua? E finalmente, se escolheu ser terapeuta para por meio do outro lidar com as próprias sombras. A partir dessas reflexões, serão abordados os desafios do Gestalt-terapeuta, que é solicitado a responder às singularidades do “si mesmo”do outro, em um movimento de “ir e vir”, centrado no seu “si mesmo”.

Palavras-Chaves: gestalt-terapia, ser na contemporaneidade, dialógico.

Virginia SuassunaMini-Currículo: 
Drª Virginia E. Suassuna M. Costa (GO): Possui graduação em Psicologia pela Universidade de São Paulo USP (1977), mestrado em Educação pela Universidade Católica de Goiás -PUC- GO (2002) e doutorado em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília – UnB/UFG (2008). Especialista em Gestalt-terapia no Brasil e Treinamento avançado nessa abordagem na França, Suíça e Estados Unidos. Professora da Universidade Católica de Goiás – PUC- GO, desde 1978, é Fundadora, Professora, Supervisora Clínica e Diretora Administrativa do Instituto de Treinamento e Pesquisa em Gestalt-Terapia de Goiânia ITGT. (GO)., Possui artigos e capítulos publicados em revistas e livros. Pesquisadora cadastrada na Plataforma Brasil, vinculada ao CNPq. Psicoterapeuta de criança, adolescente, casal e família e de grupo na perspectiva da Gestalt-terapia.